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Lula já demitiu três mulheres para acomodar homens do Centrão

Com a dispensa de Rita Serrano da chefia da Caixa Econômica, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, até agora, três mulheres em cargos públicos de liderança de primeiro escalão para acomodar os homens indicados pelo Centrão. Rita será substituída por Carlos Antônio Vieira Fernandes, apadrinhado pelo presidente da Câmara, Artuhr Lira.

O primeiro corte no time feminino do governo Lula foi o da então ministra do Turismo Daniela Carneiro, em julho. No lugar dela, assumiu Celso Sabino, amigo próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e que já viajou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A saída de Daniela ocorreu após um desentendimento dela com o União Brasil, partido ao qual ela era afiliada.

Depois, veio a demissão da então ministra do Esporte, Ana Moser, em setembro. Lula queria ampliar sua base no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, ao dar vaga para parlamentares do Centrão no governo.

No cargo dela, entrou o deputado federal André Fufuca (PP-MA), também apadrinhado por Lira. A escolha gerou polêmica, já que o parlamentar abasteceu com recursos de uma emenda parlamentar de sua autoria uma empresa fantasma envolvida em um grande esquema de desvio de verbas federais.

Nesta quarta-feira (25/10), Rita Serrano recebeu a dispensa em uma reunião de 50 minutos no Palácio do Planalto, com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, conforme apurou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. A demissão era especulada há meses, em meio à pressão de Lira e outros membros do Centrão pelo comando do banco público.

“Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”, disse o governo, em nota.

Carlos Antônio Vieira Fernandes assumirá a presidência da Caixa. Ele é funcionário de carreira do banco, atuou como ministro interino das Cidades e Integração, no governo de Dilma Rousseff (PT), e em cargo de chefia do BRB, banco público do DF.

Além disso, Fernandes é ligado ao deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), com quem trabalhou em 2012 no Ministério da Integração Nacional. Aguinaldo compartilha o partido e é aliado do presidente da Câmara.

Promessa de campanha

O novo governo Lula começou com 11 ministras contra 26 ministros, além de duas mulheres, Rita Serrano e Tarciana Medeiros, na administração da Caixa e do Banco do Brasil, respectivamente. O número de mulheres em primeiro escalão foi o maior da história, ultrapassando as 10 mulheres que chefiaram pastas simultaneamente na gestão de Dilma Rousseff (PT).

A igualdade nos altos cargos era promessa de campanha de Lula e foi exaltada no discurso quando ganhou as eleições no ano passado.

“Por isso, vamos trazer de volta as conferências nacionais. Para que os interessados elejam suas prioridades, e apresentem ao governo sugestões de políticas públicas para cada área: educação, saúde, segurança, direitos da mulher, igualdade racial, juventude, habitação e tantas outras”, falou o petista.

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