O presidente eleito Lula marcou para esta quinta-feira o primeiro ato destinado a acabar com o monopólio bolsonarista das cores da bandeira nacional, algo que o incomoda desde que, preso em Curitiba, começou a dar-se conta do que estava acontecendo.
O ato comandado pelo próprio Lula será realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do grupo de transição do novo governo. Às 16h, terá início o jogo de estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, contra a Sérvia.
Um dos auditórios do CCBB estará decorado com as cores da bandeira. E, ali, em um gigantesco telão, o jogo será assistido por Lula e toda a equipe de transição vestidos com a camisa amarela da Seleção. Haverá farta distribuição de pipoca e refrigerantes.
Foi por sugestão da senadora Simone Tebet (MDB), ex-candidata a presidente da República, que o vermelho perdeu espaço na campanha de Lula no segundo turno, e ele passou a se apresentar vestido de branco, e sempre agitando uma bandeira do Brasil.
O vermelho é a cor preferida dos partidos de esquerda em toda parte do mundo. Em 1984, candidato da oposição à presidente, Tancredo Neves, que acabou eleito, mas não tomou posse porque morreu, adotou o verde e o amarelo como cores de sua campanha.
Foi difícil convencer os partidos de esquerda que o apoiavam a reduzir o número de bandeiras vermelhas que tremulavam nos comícios, mas Tancredo conseguiu. Lula não ousou pedir a mesma coisa ao PT. Mas, agora, uma vez eleito, ele não pede, ordena.
O próximo ato de resgate das cores nacionais será em 1º de janeiro, quando Lula tomará posse. O palco: a Esplanada dos Ministérios, por onde ele desfilará em carro aberto e confraternizará com a multidão esperada. É Janja, sua mulher, quem cuida da festa.
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