Há 20 anos, um grupo de torcedores do Palmeiras que morava em Salvador decidiu fundar uma sub-sede da Mancha Verde, maior torcida organizada do atual campeão brasileiro, em Salvador. Leo Pinguim, Tande, Pezão e Dentinho perceberam a presença de torcedores do alviverde paulista na capital baiana e fizeram a velha pergunta: por que não?
Neste domingo de Páscoa (9), uma das atividades de celebração às duas décadas de vida teve a ver com solidariedade. Antes da decisão do Campeonato Paulista, onde o Palmeiras enfrenta o Água Santa precisando reverter desvantagem após a derrota por 2×1 na primeira partida, a organizada fez uma ação social entregando lanches e ovos de chocolate para crianças do Bairro da Paz.
Foram 100 ovinhos de Páscoa e 200 lanches. Todos eles decorados em cor verde, como era de se imaginar o protocolo.
Entrega de ovos da Páscoa pela Mancha Verde (Foto: Paula Fróes/CORREIO) |
Um dos organizadores do evento, Leo Conde afirma que a subsede seguiu o calendário da Mancha em São Paulo para organizar a ação. “São várias ações sociais durante o ano. Nossa próxima ação será doação de sangue no Hemoba”, afirmou ele, sem precisar a data. Foi a primeira vez da Mancha no Bairro da Paz. “Antes, passeamos por outros bairros de Salvador e Região Metropolitana”, conta.
Acreditando numa vitória, com título, por 3×1 do Palmeiras contra o time de Diadema na final, Leo conta que ações do tipo são uma maneira de modificar o senso comum que cai sobre as torcidas organizadas – comumente associadas à violência e agressividade.
“A mensagem é sempre de paz e acolhimento respeitando a todos independentemente de credo, raça, cor e religião, visando sempre as comunidades mais carentes e necessitadas. Buscamos sempre melhorar essa imagem e visão que a população tem das torcidas organizadas, e que essas ações também sejam mostradas e divulgadas pela mídia, o lado bom e as coisas boas que são realizadas pela torcida”, afirmou.