InícioEditorialPolítica NacionalManifestantes colocam fogo em boneco de Lira em ato contra PL "antiaborto"

Manifestantes colocam fogo em boneco de Lira em ato contra PL “antiaborto”

Ato foi realizado na av. Paulista; pedem o arquivamento do projeto e a saída do presidente da Câmara do cargo

Manifestantes contrários ao PL “antiaborto” levaram cartazes de “criança não é mãe”, entre outros pedindo o arquivamento do projeto Reprodução/Instagram @bancadafeministapsol – 23.jun.2024

PODER360 23.jun.2024 (domingo) – 17h40

Manifestantes contrários ao PL (projeto de lei) “antiaborto” (1.904 de 2024) queimaram neste domingo (23.jun.2024) um boneco do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na avenida Paulista, em São Paulo. Pedem o arquivamento do PL e a saída do deputado do cargo.

O presidente da Casa passou a ser criticado por causa da aprovação, em votação relâmpago, de requerimento de urgência do texto que equipara o aborto depois de 22 semanas ao crime de homicídio. Depois da repercussão negativa em relação ao projeto, Lira afirmou que o PL só será analisado no 2º semestre de 2024.

A manifestação começou às 15h no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand). O perfil da bancada feminista do Psol na cidade de São Paulo compartilhou um vídeo do boneco de Lira pegando fogo.

Assista (40s):

PL “ANTIABORTO” A Câmara dos Deputados aprovou, em votação relâmpago, em 12 de junho, um requerimento de urgência para o PL 1.904 de 2024. Sem ser anunciada, a votação se deu em 23 segundos.

Atualmente, o aborto pode ser feito nos casos de abortos previstos em lei, caracterizados pelas 3 situações:

caso de risco a vida da mãe; casos de estupro; gestação de feto anencéfalo. No entanto, nos 3 casos não há limite de idade gestacional para interromper a gravidez.

Com a urgência aprovada, a proposta poderá ser votada diretamente pelo plenário, não precisando ser discutida nas comissões temáticas da Casa Baixa.

A relatoria do texto deve ficar sob responsabilidade de uma deputada do Centrão, grupo de partidos sem coloração ideológica clara.

ABUSO SEXUAL NO BRASIL O projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados fixa que mulheres sejam penalizadas com uma pena de até 20 anos de prisão, enquanto, em casos de estupro, a pena é de até 10 anos de reclusão na atual legislação.

Segundo dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, em 2022, o Brasil teve o maior número de registros de estupro e estupro de vulnerável da história, com 74.930 vítimas. Eis a íntegra (PDF – 10 MB).

Foram 56.820 casos de estupro de vulnerável, o que significa que 75,8% das vítimas eram incapazes de consentir, seja pela idade (menores de 14 anos) ou por outros motivos (por exemplo, deficiência e enfermidade).

No Brasil, 6 em cada 10 vítimas são vulneráveis com idades de zero a 13 anos. Na maior parte dos casos, os abusadores são familiares ou conhecidos das vítimas, um fator que dificulta a denúncia, segundo o estudo.

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