InícioEditorialPolítica NacionalMeu trabalho foi marcante, diz Moro sobre atuação na Lava Jato

Meu trabalho foi marcante, diz Moro sobre atuação na Lava Jato

Senador será julgado no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na próxima 3ª feira (16.abr) por repasse de R$ 2 bilhões à Petrobras

Senador Sergio Moro chegando no seu gabinete, no Senado, durante o julgamento do TRE-PR sobre a manutenção de seu mandato Sérgio Lima/Poder360 – 03.mar.2024

PODER360 10.abr.2024 (quarta-feira) – 17h28

O senador e ex-juiz Sergio Moro afirmou nesta 4ª feira (10.abr.2024) que seu trabalho na operação Lava Jato foi “marcante” e que aguarda o julgamento no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com “serenidade”.

“Em um país que tem muita dificuldade com a corrupção e com a impunidade da corrupção, meu trabalho foi marcante no sentido que tivemos 2 momentos no Brasil, entre 2014 e 2018, em que rompemos com essa tradição de corrupção desenfreada e impunidade escancarada”, afirmou em entrevista à GloboNews.

Seu trabalho na operação será analisado pelo CNJ na próxima 3ª feira (16.abr), depois de ter sido colocado em pauta pelo presidente do órgão, o ministro Roberto Barroso. O julgamento trata de uma reclamação disciplinar contra o ex-juiz e a juíza Gabriela Hardt –ex-titular e substituta, respectivamente, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da operação.

A instauração da reclamação foi determinada em 2023 pelo corregedor nacional de Justiça, o ministro Luiz Felipe Salomão. Segundo o CNJ, as reclamações foram instauradas para averiguar “indícios de violação reiterada dos deveres de transparência, de prudência, de imparcialidade e de diligência do cargo em decisões que autorizaram o repasse de mais de R$ 2 bilhões à Petrobras”.

À época, foi divulgado um relatório parcial das atividades. O documento indica que foi identificada uma “gestão caótica” por parte de Sergio Moro no “controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público Federal e homologados pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba”. Eis íntegra (PDF – 686 kB).

Salomão também indicou que, no caso do senador, há indícios de atuação como juiz para fins políticos, o que é vedado aos magistrados pela Constituição. “Além disso, a jurisprudência do CNJ busca impedir que magistrados deixem a carreira para se livrar de eventuais punições administrativa e disciplinar. À época do pedido de sua exoneração, Moro respondia a cerca de 20 procedimentos administrativos no CNJ”, afirmou a instituição.

Ao ser questionado sobre os procedimentos administrativos, Moro afirmou que “aguarda com serenidade o julgamento”, mas que não conhece as acusações contra ele, já que não leu o relatório. Moro deixou a magistratura quando aceitou o cargo de ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A afirmação de que eu teria deixado a magistratura para escapar de uma punição é absolutamente irreal. Todo mundo sabe que eu fui ao Ministério da Justiça com um ideal de retomar e fortalecer o trabalho contra a corrupção e fazer um trabalho importante contra o crime organizado”, afirmou.

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