Em apenas sete dias, as mortes por dengue saltaram de 19 para 33, na capital paulista. As infecções da doença chegaram a 89.153. Esse é o maior registro de número de casos desde 2015, quando o país também enfrentou uma epidemia semelhante, contabilizando 103.186 casos. O aumento de 73,6% em uma semana acende o sinal de alerta. Outros 80 óbitos no município estão em investigação. A piora também é constatada nos 96 distritos administrativos da cidade e 76 deles, tem incidência acima de 300. O coeficiente é um critério utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde para classificar uma região epidêmica, quando há mais de 300 casos em cem mil habitantes. O bairro de Vila Jaguara, na Zona Oeste de São Paulo, tem o índice mais elevado de registros, chegando a quase 7 mil infectados.
A Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações de combate a dengue, elevando o número de agentes pelas ruas, de 2 mil para 12 mil. O trabalho realizado ao longo de toda a semana, consiste em visitas casa a casa, vistorias a imóveis, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações. Também foram criadas tendas para atendimentos a casos suspeitos e as AMAS, Assistência Médicas Ambulatoriais, tiveram o horário ampliado em 3 horas, funcionando agora até as 22h. No interior do estado, a tensão também foi redobrada. Em Aparecida, no Vale do Paraíba, a prefeitura anunciou uma força tarefa, mobilizando todas as secretarias com ações de combate e conscientização, devido à alta dos casos que chegaram a 171. Já na cidade de Jundiaí, foi decretada situação de emergência e criado um comitê de combate a dengue. O decreto foi efetuado após o município ter confirmado a primeira morte pela doença e a instauração de um inquérito por parte do ministério público para apurar as medidas tomadas pela prefeitura, em relação ao enfrentamento a doença.
*Com informações do repórter Daniel Lian