O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar falhas de segurança que acarretaram em possíveis danos à sociedade brasileira no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior da América do Sul. A investigação foi aberta após as denúncias de troca de bagagens por malas com drogas no terminal, que vieram à tona após as brasileiras Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40 anos, ficarem presas desde o começo de março, em Frankfurt, na Alemanha, após terem as malas trocadas por bagagens com drogas. Para o MPF, o caso provocou sensação de insegurança em toda a sociedade, o que comprometeria a credibilidade e o desenvolvimento dos serviços aéreos no Brasil, já que o esquema incriminou pessoas inocentes. Além de apurar a possível ocorrência de dano moral sofrido pela coletividade, o MPF busca rever os protocolos de segurança no aeroporto.
“O MPF quer que todo cidadão, nacional ou estrangeiro, tenha resguardada sua segurança e não tenha medo de utilizar o transporte aéreo no Brasil”, afirmou o procurador da República responsável pelo inquérito Guilherme Göpfert. O órgão solicitou informações da Polícia Federal (PF), da Gol Linhas Aéreas, da Latam Airlines, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e das empresas GRU Airport e Orbital, que teve empregados de seu quadro de funcionários envolvidos no esquema de troca das bagagens. “O reforço na segurança aeroportuária é medida urgente, sob pena de impactar vários segmentos econômicos da sociedade, dado o clima de desconfiança gerado na população diante do gravíssimo fato”, complementou o procurador.