A história do Bahia agora pode ser visitada. Neste sábado (11), o tricolor inaugurou oficialmente o seu museu. O espaço fica localizado na Fonte Nova e reúne acervo histórico dos 91 anos do clube.
A abertura oficial do museu foi realizada em uma solenidade que contou com a presença da imprensa, conselheiros e convidados. A partir de segunda-feira (13), o local será aberto para toda a torcida.
Os ingressos vão ser vendidos através do site do próprio museu. As visitas vão correr das 10h às 16h. O valor do ingresso será de R$ 20 a inteira e R$ 10 meia.
O museu do Bahia começou a ser idealizado em 2018, com a curadoria de Daniel Rangel. Em 2020, a montagem do espaço foi paralisada por conta da pandemia. Os trabalhos foram retomados no segundo semestre de 2021.
Acervo
O rico acervo que compõe o museu foi formado por peças que já estavam no clube, mas também por obras que foram doadas por torcedores e colecionadores.
A torcida, aliás, teve papel fundamental na construção do espaço. Foi através de financiamento coletivo entre os tricolores que o Bahia conseguiu arrecadar cerca de R$ 47 mil. O dinheiro foi usado na restauração de mais de 30 troféus. O clube também captou receitas através da Lei Rouanet.
O museu foi dividido em dois núcleos. Um dedicado aos títulos conquistados pelo Bahia ao longo da sua história, e outro no qual a paixão da torcida pelo Esquadrão é o grande destaque.
Entre as conquistas, estão expostas no local os troféus da Taça Brasil de 1959 e do Brasileirão de 1988, as taças das quatro copas do Nordeste vencidas pelo tricolor e diversos títulos do Campeonato Baiano.
Nas paredes, uma linha do tempo conta a história do Bahia, desde a chegada do futebol à Bahia até os dias atuais. A luta pela democracia no clube também é lembrada.
A coleção tem ainda camisas históricas, flâmulas, painéis, lista de jogos e estatísticas atualizadas. Durante as pesquisas, o tricolor corrigiu 52 placares, 152 datas e 33 locais de jogos. Além disso, 227 partidas que estavam “apagadas” da história do clube foram incluídas nos dados.
Um dos ídolos da história do tricolor, o ex-goleiro Ronaldo, campeão brasileiro em 1988, não segurou a emoção ao falar sobre o reconhecimento da história do clube e dos atletas que defenderam o Esquadrão.
“É um momento histórico. O Bahia dá um grande salto quando passa a valorizar os ídolos, a resgatar a sua história, a história do maior clube do Norte-Nordeste, um dos maiores do Brasil. Claro que tem os momentos de dificuldade, mas tem a vitória da democracia, a vitória do torcedor. O Bahia é do seu torcedor e eu, como jogador que passou 18 anos no Bahia, dos 12 aos 30, isso me orgulha muito. Essa história passa por mim e eu sinto muito orgulho” iniciou.
Campeão brasileiro em 1988, Ronaldo posa ao lado da própria foto em painel que homenageia jogadores históricos do Bahia (Foto: Gabriel Rodrigues/CORREIO) |
“É uma sensação de agradecimento, reconhecimento, mais nada do que isso. Eu me emociono muito porque tudo que eu tenho na minha vida hoje eu agradeço a minha família e ao Bahia. É um momento de muita emoção. Eu participei de três gerações do Bahia: o hepta (baiano), o tetra (baiano) e a geração do tri (baiano) e do título brasileiro. Deus me deu essa oportunidade e isso vai ficar marcado e nunca vai ser apagado”, afirmou Ronaldo.
Os torcedores também podem ser eternizados no museu. É possível colocar o nome ou foto em uma das alas destinadas à torcida. O custo é entre R$ 25 e R$ 50 e pode ser feito através do site disponibilizado pelo Bahia. O dinheiro arrecadado será usado na manutenção do espaço.