Um novo estudo econômico global da CISAC alerta que a inteligência artificial (IA) generativa pode reduzir substancialmente a renda dos criadores de música nos próximos cinco anos.
A pesquisa, realizada pela PMP Strategy e publicada esta semana, prevê que o mercado de música e conteúdo audiovisual gerado pela tecnologia crescerá de € 3 bilhões (R$ 19,07 bilhões, na conversão direta) atualmente para € 64 bilhões (R$ 406,86 bilhões) até 2028.
No entanto, os criadores de música enfrentarão perdas significativas de receita devido ao uso não autorizado de suas obras por modelos de inteligência artificial e à substituição de seus fluxos tradicionais de receita, com a IA competindo com a produção humana.
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- O estudo também projeta grande crescimento para as receitas das empresas de IA generativa, que devem passar de € 100 milhões (R$ 635,72 milhões) em 2023 para € 4 bilhões (R$ 25,42 bilhões) até 2028, com parte dessa receita advinda da reprodução não licenciada de obras de criadores;
- Isso representaria transferência de valor dos criadores para as empresas de tecnologia;
- Além disso, a pesquisa indica que, até 2028, a música gerada por IA pode representar cerca de 20% das receitas de plataformas de streaming e 60% das receitas de bibliotecas musicais.
Björn Ulvaeus, presidente da CISAC, destacou que, apesar das oportunidades criadas pela IA, é essencial haver regulamentação adequada para proteger os direitos dos criadores e garantir ambiente de IA que favoreça a criatividade humana.
Andrea Czapary Martin, CEO da PRS for Music, acrescentou que, além de buscar regulamentação responsável, sua organização também utiliza IA para melhorar processos e pagamentos de royalties.
O post Músicos devem perder renda por conta da IA; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.