Presidente disse, em tom de ironia, que ficou surpreso, já que a chefe da pasta Gestão e Inovação não conseguiu ‘resolver o problema do acordo dos professores’; depois, petista teceu elogios
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO – 15/04/2024
Lula suavizou a crítica ao afirmar que Esther é “uma mulher extraordinária” e “fantasticamente competente”
Durante um evento na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez comentários irônicos sobre a atuação da ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck. Lula expressou surpresa por a ministra não ter sido vaiada por não conseguir “resolver o problema do acordo dos professores“. A fala ocorreu em meio a paralisações de professores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas, que reivindicam reajustes salariais e equiparação de benefícios com outros servidores federais. Em tom de brincadeira, Lula disse: “Eu não sei como a gente está numa faculdade e você não tomou uma vaia aqui, porque não conseguiu resolver o problema do acordo dos professores”. Ele suavizou a crítica ao afirmar que Esther é “uma mulher extraordinária” e “fantasticamente competente”.
O evento teve como foco o anúncio de medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul e o auxílio às famílias atingidas por enchentes que afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas no Estado. Em seu discurso, Lula mencionou a divergência na liberação de recursos entre os governos federal e estadual, este último sob a gestão de Eduardo Leite (PSDB). Lula também observou que não sabia da grande quantidade de pessoas negras no estado. Sobre a greve nas universidades e institutos federais, o petista já havia comentado em uma entrevista no dia 7 de maio que a situação não lhe “encanta” e que tanto ele quanto o ministro da Educação, Camilo Santana, e Esther Dweck desejam “negociar o mais rápido possível”.
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Ainda na quarta-feira, o governo apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para os servidores públicos, que pode chegar a 31% até 2026. Caso aceitos, os novos valores começarão a ser pagos a partir do próximo ano. A proposta foi detalhada pelo secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo, em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).