InícioEditorial"Os últimos dias não foram fáceis", diz Klara Castanho em post de agradecimento

“Os últimos dias não foram fáceis”, diz Klara Castanho em post de agradecimento

A atriz Klara Castanho, de 21 anos, falou pela primeira vez desde que divulgou uma carta aberta, após ter sua gestação fruto de um abuso sexual revelada publicamente por Antonia Fontenelle em postagem nas redes sociais e, posteriormente, pelo jornalista Leo Dias em sua coluna. Em um post no Instagram, nesta quarta-feira (6), Klara agradeceu o carinho de colegas de profissão, amigos e fãs que acompanharam o caso. 

“Os últimos dias não foram fáceis, mas eu queria vir aqui para agradecer por cada palavra de amor, de afeto e de acolhimento que eu recebi e venho recebendo. Todo esse carinho tem sido muito importante para mim e eu precisava dividir a minha gratidão com vocês. Obrigada do fundo do meu coração”, escreveu na legenda de uma foto de praia. Anteriormente, Klara revelou que não tinha condições emocionais de cuidar da criança e, por isso, ela optou pela entrega direta para adoção. A decisão da atriz gerou inúmeros julgamentos na internet.

Klara também aproveitou a postagem para falar como está passando e tranquilizar o público. “Eu sei que muitos de vocês estão preocupados comigo, mas quero dizer que estou me cuidando, fazendo acompanhamento psicológico e sigo cercada de profissionais que estão trabalhando para a preservação dos meus direitos”, disse. “Quero agradecer a minha família, aos meus amigos, aos meus colegas de profissão, aos fãs que me acompanham e, também, a imprensa séria e responsável, que vem me respeitando durante esse momento”, finalizou a carta.

 

Entenda o caso
A atriz Klara Castanho confirmou, no dia 25 de junho, que engravidou após um estupro e que a criança foi entregue para adoção. A artista publicou um texto nas redes sociais depois que seu nome foi parar nos assuntos mais comentados em meio a boatos. 

No relato, Klara diz ainda que sofreu com descaso da equipe médica e das enfermeiras que ajudaram no parto.

A apresentadora Antonia Fontenelle foi quem começou a revelar a história, ao usar as redes sociais para afirmar que uma ex-atriz mirim da Globo havia tido um filho e entregado para adoção. Ela criticou a jovem, afirmando que ela “não quis olhar para o rosto da criança”. Fontenelle disse ainda que a atriz, que ela não divulgou o nome, chegou a implorar para o colunista Leo Dias, do Metrópoles, não publicar a informação. Há cerca de uma semana, em entrevista a Danilo Gentili, Leo Dias parece fazer alusão ao caso, sem dar detalhes, nem citar nomes. “O karma vai ser pesado”, disse ele. “Envolve vidas”.

A carta aberta de Klara começa dizendo que esse é o relato mais difícil que ela já fez na vida. “Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada”.

A atriz afirmou que o estupro aconteceu quando estava longe da família, amigos e da sua cidade. “Não, eu não fiz boletim de ocorrência. Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse”, continuou.

Ela contou que tomou pílula do dia seguinte e fez alguns exames, mas continuou no seu cotidiano se sentindo “despedaçada”. Meses depois, ela começou a passar mal e descobriu que estava grávida, quase no término da gestação. “Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Não tinha ganhado peso e nem barriga”, descreveu. Ela conta que ao fazer o exame se sentiu “novamente violada, novamente culpada”.

Klara diz que revelou ao médico o que tinha acontecido e ele não teve “nenhuma empatia por mim”. O profissional fez um discurso dizendo que ela seria obrigada a amar a criança. 

Ela diz que o atendimento do médico foi a primeira de uma série de violências que sofreu a partir da descoberta. “Eu ainda estava tentando juntar os cacos quando tive que lidar com a informação de ter um bebê. Um bebê fruto de uma violência que me destruiu como mulher. Eu não tinha (e não tenho) condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo o que ela merece ter”, escreveu.

Sabendo que faltava pouco para o parto, Klara conta que tomou a decisão de entregar a criança para adoção. Ela seguiu uma série de etapas obrigatórias, em processo que é sigiloso pela lei. 

No dia do parto, ela diz que uma enfermeira a abordou dizendo “Imagina se tal colunista descobre essa história”. Ao chegar no quarto, ela já havia recebido mensagens do colunistas, diz, sem citar nomes. “Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar”, diz. Dias depois, outro colunista a procurou para saber se ela estava grávida, conta. “Apenas o fato de eles saberem, mostra que os profissionais que deveriam ter me protegido em um momento de extrema dor e vulnerabilidade, que têm a obrigação legal de respeitar o sigilo da entrega, não foram éticos, nem tiveram respeito por mim e nem pela criança”.

A atriz afirmou que a notícia foi divulgada com informações erradas e “ilações mentirosas e cruéis”. “Vocês não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei”, escreveu.

A atriz finaliza dizendo que está recebendo apoio da família e que vai tentar se reconstruir da violência que sofreu. Ela ressalta que “entregar uma criança em adoção não é um crime” e pede privacidade.

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