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Pai de Estopinha, Alexandre Rossi, o Dr. Pet, fala sobre o luto animal

Especialista em comportamento animal, zootecnista, veterinário, palestrante e apresentador de televisão, Alexandre Rossi desempenha diversas funções ligadas ao mundo pet. Não à toa, ele é conhecido como Dr. Pet por compartilhar seu conhecimento sobre a interação entre humanos e pets.

Sua presença na internet não apenas reflete a paixão pela causa animal, mas também mostra sua habilidade de entender o comportamento dos bichinhos. Inclusive, ele é o pai da Estopinha, a primeira influencer pet do Brasil, que morreu em setembro de 2023, deixando os fãs e seguidores desolados.

Ao Metrópoles, Alexandre conta que se interessou pelos animais desde a infância, já que seu pai era psicanalista e sua mãe bióloga. Com apenas seis anos de idade, o veterinário já tinha treinado peixes no aquário, ensinando-os a passarem por argolas e a tocarem pequenos sinos na hora de comer.

Alexandre com suas filhas e esposa “Sempre fui um amante dos animais. Eu já criei hamster, rato, cobra, aranha e tudo o que você imaginar. Eu vivia pelos animais, querendo entender mais sobre o assunto. Então, sempre me fascinou o comportamento deles e foi aí que eu comecei a testar para ver como eles reagiam”, afirma Rossi.

Tempos depois, ele cursou zootecnia e aprendeu sobre animais de fazenda, além de assuntos como bem-estar e fisiologia. Rossi, então, resolveu se especializar em comportamento de animais domésticos na Austrália e, por fim, cursar veterinária. Agora, mais de 1,5 milhões de seguidores o acompanham na internet.

Comportamento dos pets Ao longo de sua carreira, Alexandre trabalhou e desenvolveu pesquisas em zoológicos de diversos países, adquirindo experiência no adestramento das mais variadas espécies de animais. Com isso, ele acredita ter presenciado uma certa mudança no comportamento dos pets.

“Eu imagino que grande parte desse resultado deve ocorrer por dois ou três fatores. Um deles é a urbanização do mundo, onde as pessoas estão morando cada vez mais nas cidades e estão mais próximas dos seus pets. Além disso, as famílias estão ficando cada vez menores e mais carentes em termos de contato”, explica.

A ciência também teve sua contribuição, mostrando as vantagens do convívio com os pets. “Existe uma humanização para o bem e para o mal. Então, por um lado, os animais estão sendo mais cuidados, enquanto alguns problemas de comportamento tendem a aparecer, inclusive o estresse”, afirma o Dr. Pet.

Outro fator citado por Alexandre é que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde dos pets. Às vezes, quando o animal está depressivo ou triste, os tutores ficam incomodados, o que acaba chamando atenção para o problema.

Relação com a Estopinha A Estopinha teve um impacto significativo como a primeira influencer pet do Brasil. Questionado sobre como essa experiência influenciou o trabalho e a forma como é abordado o comportamento animal, Rossi esclarece que toda essa repercussão ajudou a colocar vários vira-latas no mapa.

“O interessante é que ela era não só uma vira-latinha e sim uma vira-latinha bem típica, bagunceira e que já tinha sido devolvida duas vezes. Foi uma oportunidade muito grande de mostrar que esses tipos de cães podem fazer parte da família e serem amados.”

Estopinha, primeira influencer pet do Brasil, morre aos 14 anos (9)

Estopinha foi adotada em 2009 por Rossi Instagram/Reprodução

Estopinha, primeira influencer pet do Brasil, morre aos 14 anos (1)

Na época, ela tinha sido recusada por duas famílias por ser “bagunceira” Instagram/Reprodução

Estopinha, primeira influencer pet do Brasil, morre aos 14 anos (10)

Em seu novo lar, a doguinha recebeu aulas de “etiqueta” e mostrou para o Brasil que pets “difíceis” conseguem aprender Instagram/Reprodução

Estopinha, primeira influencer pet do Brasil, morre aos 14 anos (8)

Ela conquistou o Brasil com seu jeitinho alegre e brincalhão Instagram/Reprodução

Estopinha, primeira influencer pet do Brasil, morre aos 14 anos (6)

Sendo considerada a primeira influencer pet do Brasil Instagram/Reprodução

Alexandre relembra que, antigamente, os vira-latas não eram valorizados como atualmente. “Muitas pessoas perguntavam: por que é um cachorro tão feio? Ou por que não pegar um cão de raça? Eu falava que a minha intenção era ajudar os pets que mais precisavam”, ressalta o veterinário.

Luto animal Por ter tido contato com bichos desde a infância, o Dr. Pet enfrentou outros lutos animais. Para ele, foi muito difícil, mas não ao ponto de não querer passar por “outro grande amor”, como acontece com algumas pessoas. “Eu tive muitos animais, eu sofri com a perda deles, mas nenhum se compara a Estopinha.”

Ele, então, continua: “Ela foi especial em vários sentidos, inclusive no luto, porque como ela teve uma repercussão muito grande, todo mundo queria saber o que estava acontecendo quando ela estava ficando doente. Eu resolvi me abrir e eu vi que, quando eu me abria, eu me emocionava muito mais. Eu chorava e refletia”.

A cadela vira-lata tinha 14 anos e morava em São Paulo Ter essa reação e vivenciar essa experiência fez com que Alexandre percebesse o quanto ele estava afetando as pessoas de um modo positivo. “Algumas pessoas agradeceram muito por eu estar mostrando a minha dor e sendo sincero em relação à perda do animal porque elas se sentiam incompreendidas”.

Ao portal, Rossi afirma que todo o aprendizado que teve, ele compartilhou nas redes sociais. Isso facilitou a lidar com o luto de Estopinha, além de ter sido uma oportunidade para tocar em um assunto que muitas pessoas conhecem.

Curadoria de conteúdo Apesar do conhecimento em diversas áreas, Rossi costuma focar no comportamento animal. Em seu Instagram, ele compartilha dicas relacionados a estresse, adaptação de ambientes, necessidades fisiológicas e desobediência — assunto que costuma assustar os tutores.

“Eu faço isso com muito carinho e cuidado. Nesse caso, eu procuro olhar a humanização do ponto de vista que faça bem. Então, eu sempre coloco em uma balança se aquilo vai fazer bem para as duas espécies – seres humanos e cachorro”, diz ao Metrópoles.

Alexandre Rossi e Estopinha Segundo o veterinário, ele gosta de “navegar” entre o que os humanos podem fazer e o que não faz mal para o cachorro. “Eu procuro me envolver com muitas coisas, mas a minha curadoria vai na parte de comportamento, principalmente para as pessoas que gostam muito dos pets”.

Palestras ao redor do mundo Estados Unidos, Japão, África do Sul e Austrália são alguns dos países que Alexandre visitou para palestrar. Agora, ele marcará presença no evento Eu Amo Meu Cão, neste sábado (3/1), no Brasília Shopping, para falar sobre bem-estar e comportamento canino.

“A minha ideia é mostrar o pouco do que a gente pode aproveitar do nosso pet e deixar as pessoas muito confortáveis. Pretendo falar o que a gente deve fazer de positivo para o cachorro. Temos que entender que eles têm necessidades e instintos diferentes”, finaliza.

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