“Dólar Coldplay”, “dólar Qatar” e “dólar luxo”. Essas três versões da moeda norte-americana adotadas pela Argentina vêm aumentar a dúvida: quantas taxas de câmbio existem no país? Ninguém sabe ao certo, mas as novas “invenções” do Banco Central argentino são frutos de uma nação carente de moeda estrangeira e que precisa cuidar de suas reservas monetárias.
Para isso, foi criado o “dólar Coldplay”, em alusão à banda britânica que em breve fará uma dezena de shows na Argentina. A ideia é adotar um novo diferencial de câmbio que será aplicado para a contratação de artistas estrangeiros e também para atividades esportivas que impliquem transferência a pagamento no exterior.
O “dólar Coldplay” vale cerca de 204 pesos – muito mais caro que a taxa de câmbio que se aplica ao pagamento de qualquer importação de serviços.
Para os empresários do setor, com sérias dificuldades em acessar dólares à taxa de câmbio oficial ou que compraram a moeda por meio de canais financeiros a um valor muito mais alto – entre 288 e 304 pesos por unidade -, a nova taxa garante que eles continuem com sua atividade e mantenham as muitas fontes de trabalho local ligadas à produção de espetáculos internacionais.
Iates, jatos ou joias Enquanto isso, o “dólar Qatar”, batizado em homenagem aos maiores gastos dos viajantes argentinos no exterior que estão previstos para a Copa do Mundo, será aplicado ao consumo em dólares com cartões de crédito e débito, passagens no exterior e pacotes turísticos ao exterior acima de 300 dólares, a uma taxa de câmbio de 300 pesos por unidade.
O mesmo valor valerá para a aquisição de bens de luxo importados: a partir de agora, quem puder, só poderá comprar veículos de luxo, iates, jatos ou joias ao preço do “dólar de luxo”.
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