O crescimento da regulamentação do setor de jogos e apostas no Brasil tem impulsionado não apenas a expansão de plataformas especializadas, mas também a diversificação do interesse dos apostadores. Dentro desse cenário, as modalidades esportivas femininas vêm conquistando espaço nas preferências dos usuários, com destaque para o futebol, o tênis e o vôlei.
Entre os esportes femininos mais apostados, o futebol lidera com folga. Dados recentes da KTO mostram que a modalidade é a escolha de 89,25% dos jogadores ativos. Esse número reflete não apenas a popularidade do esporte no país, mas também o fortalecimento do futebol feminino no cenário internacional.
Em 2024, o Brasil foi o segundo maior exportador de jogadoras para o exterior, perdendo apenas para os Estados Unidos. O volume de investimentos em transferências de atletas brasileiras mais que dobrou em relação ao ano anterior, saltando de US$6,1 milhões para US$15,6 milhões. Esse crescimento acompanha o entusiasmo do país em sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA em 2027.
Na sequência, o tênis feminino ocupa o segundo lugar tanto em volume de apostas (23,02%) quanto em popularidade. A modalidade tem tradição no Brasil desde os tempos de Maria Esther Bueno, que conquistou 19 títulos do Grand Slam. Hoje, nomes como Beatriz Haddad Maia renovam o interesse do público, apoiado por torneios nacionais e boa colocação no ranking internacional. O vôlei feminino, por sua vez, aparece em terceiro lugar no volume de apostas, com 17,42%, graças a um histórico sólido de medalhas olímpicas e grandes nomes que marcaram a modalidade desde os anos 1980.
As competições femininas favoritas entre os jogadores também ajudam a delinear o perfil de consumo. De acordo com dados levantados entre janeiro e março de 2025, a Liga Mexicana de Futebol Feminino foi a mais popular, concentrando 55,13% da preferência. A Liga Australiana e a Primera División da Argentina completam o pódio. No Brasil, o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino liderou em 2024, demonstrando a força do torneio no mercado nacional. Durante os Jogos Olímpicos de Paris, inclusive, a seleção feminina superou a masculina em número de apostas.
Incentivando o cenário de apostas esportivas após a proibição dos bônus de boas-vindas e adiantamentos, as operadoras de apostas passaram a investir em outras formas de incentivo. O cashback se destacou como a alternativa preferida de 42% dos jogadores, de acordo com estudo da ENV Media. Trata-se do reembolso de parte das perdas do jogador, prática já comum no varejo e agora adaptada ao universo dos jogos de azar.
Nos cassinos com bônus legalizados, as mulheres tendem a preferir as rodadas grátis, enquanto os homens distribuem suas escolhas entre os diversos tipos de promoções disponíveis, como apostas grátis, probabilidades aumentadas e o próprio cashback. Jovens entre 25 e 40 anos demonstram uma preferência marcante por prêmios aleatórios, seguidos pelas demais ofertas em proporções semelhantes.
O cashback não apenas respeita a nova regulamentação, como também se mostra eficaz na retenção de usuários. Ao contrário dos antigos bônus de registro, que muitas vezes vinham com exigências complexas e limites rígidos, o cashback recompensa perdas reais, oferecendo ao jogador a sensação de segurança e valorização. Essa transparência está alinhada aos princípios do Jogo Responsável e às boas práticas previstas no Código de Defesa do Consumidor.
Com o avanço do esporte feminino e a profissionalização crescente do setor de apostas, essas promoções são fiscalizadas com novas leis que buscam, ainda, evitar a manipulação de resultados e jogos. A tendência é de que as plataformas continuem a investir em promoções mais segmentadas, maior segurança e adaptação ao comportamento dos jogadores.