InícioEditorialPF mira servidores da Funai e lideranças indígenas por fraude de R$...

PF mira servidores da Funai e lideranças indígenas por fraude de R$ 64 mi em aposentadorias

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 28, em Mato Grosso, a Operação Sangradouro contra uma quadrilha apontada como responsável por fraudes previdenciárias em aposentadorias ilegais de indígenas. Segundo os investigadores, foram identificados 552 indígenas que se aposentaram no Estado com uso de documentos frios. A corporação estima que a ofensiva evitou um prejuízo de R$ 260 milhões, considerando a suspensão de pagamentos relativos aos benefícios fraudados. O dano já causado aos cofres públicos é de R$ 64 milhões. A PF indica que o grupo era composto de “servidores da Funai, cartorários, proprietários de correspondentes bancários e lideranças indígenas locais”. “A organização criminosa contava com a conivência de centenas de pessoas que obtiveram documentos falsos, a partir da adulteração de informações de identificação, em especial a data de nascimento, a fim de requerer aposentadorias por idade ilegais”, informa a PF. Agentes prenderam temporariamente um investigado e vasculharam 16 endereços em Barra do Garças, Primavera do Leste, Poxoréu e Cuiabá. Também foram decretadas duas ordens de afastamento temporário das funções públicas, uma contra um servidor da Funai e outra contra um tabelião. A ofensiva mira supostos crimes de falsificação de documentos, estelionato previdenciário, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação do governo. Segundo a PF, a fraude tinha início com a expedição de documentos com dados falsos por parte de servidores da Funai. O Registro Administrativo de Nascimento de Indígenas (RANI) e a Certidão de Exercício de Atividade Rural contêm dados alterados, segundo a PF – “em especial a idade dos indígenas, para simular o atendimento da idade mínima para aposentadoria por idade rural: 60 anos para homem e 55 anos para mulher”. Com os documentos, os beneficiários do esquema faziam o registro de nascimento tardio no cartório, emitindo certidões de nascimento que depois eram usadas para a requisição de CPF e RG. Em seguida, eles iam até a agência do INSS para pedir aposentadoria por idade. De acordo com os investigadores, os documentos sob suspeita eram, em geral, emitidos em intervalos curtos, meses antes da apresentação do requerimento de aposentadoria à Previdência. A quadrilha buscava os bancos para obter empréstimos consignados atrelados às aposentadorias fraudadas, assinalou a PF. Defesa A reportagem busca contato com a Funai. O espaço está aberto para manifestações.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Molécula produzida no intestino pode ter efeito protetor contra gripe

Pesquisadores observaram que camundongos infectados que receberam suplementação tiveram concentração de vírus e inflamação...

Amorosa, brava, ciumenta… Saiba como é a mãe de cada signo

Mães: mulheres que nos inspiram e nos ensinam a sermos melhores, nos criam com...

Exército instala Hospital de Campanha para apoio de saúde à população gaúcha

Um hospital de campanha instalado pelo Exército entrou em operação na cidade de Estrela...

“Semana pacificada”: governo e Congresso dividem vitórias em votações

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu, na última semana,...

Mais para você