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Pioneirismo de Glória Maria abriu portas para as mulheres no jornalismo de TV

A jornalista Glória Maria, 73 anos, que morreu nesta quinta-feira (2), foi a primeira inúmeras vezes na carreira. Foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou a era da alta definição da televisão brasileira. Viajou e fez reportagens em mais de 100 países. Suas reportagens protagonizaram momentos históricos. Glória Maria também foi a primeira a denunciar o racismo na televisão, após ser impedida de adentrar um local público. 

Ela chegou à Rede Globo (Rio de Janeiro) em 1970, levada por uma amiga para ser radioescuta. A missão, à época, era ouvir as frequências da polícia e descobrir o que acontecia na cidade. que se descobria o que acontecia na cidade. 

Em entrevistas, Glória fazia questão de falar da sua motivação e curiosidade, que alimentavam sua carreira: “Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa”.

Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.

Glória Maria também trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio. Foi responsável pela primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.

No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.

A partir de 1986, a jornalista integrou a equipe do Fantástico, do qual foi apresentadora de 1998 a 2007. Para a programação dominical, a jornalista viajou por mais de 100 países, passando pela Europa, África e parte do Oriente.

A jornalista também cobriu a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).

Em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, a jornalista realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. Foi uma reportagem no Fantástico sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.

Após 10 anos no Fantástico, Glória Maria tirou dois anos de licença para se dedicar a projetos pessoais, como as viagens à Índia e à Nigéria, onde trabalhou como voluntária. Nesse período, adotou as meninas Maria e Laura e, ao retornar à Globo, em 2010, pediu para integrar a equipe do Globo Repórter, programa do qual ainda fazia parte. 

Ela se afastou da programação recentemente para tratar um tumor no pulmão. 
 

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