O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve nesta sexta-feira, 23, em evento realizado no bairro de Mirandópolis, na capital paulista, e conversou pessoalmente com servidores da Polícia Penal para intermediar a crise com os agentes públicos. Os servidores protestavam contra a exclusão de 40 mil servidores da Polícia Penal no projeto de valorização da segurança pública, já que houve um reajuste de salários das polícias Científica, Civil e Militar. Nas tratativas, o governador e ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro reforçou o compromisso para que o setor seja contemplado e, como promessa, entregou seu distintivo da Polícia Penal sob compromisso de recuperá-lo até o fim de agosto caso o reajuste seja conquistado “uma nova estrutura remuneratória”. “Trabalhamos a pouco a questão da Polícia Militar, da Polícia Civil, e agora vamos trabalhar a questão da Polícia Penal”, prometeu o governador ao comentar sobre os aumentos que foram cedidos às outras policias.
Fábio Jabá, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP), confirmou que há um clima de “revolta” com os servidores que se sentiram excluídos, mas que o gesto de Tarcísio em conversar com a categoria deu ao governador um “voto de confiança”. “O último prazo dado pelo governo foi o dia 15 de agosto, quando as minutas dos projetos de regulamentação da nova força de segurança devem ser entregues para que nós possamos analisar e sugerir alterações antes que seja enviado para votação na Alesp. Considerando que o recesso parlamentar já se aproxima, fizemos mais um gesto de boa vontade, mas agosto, quando entram em vigor os reajustes salariais da segurança pública, é o nosso prazo final. Não consideramos a hipótese de ficar de fora mais uma vez”, explicou Jabá.