Sem ocupar um cargo eletivo desde 2018, a ex-senadora, ex-ministra e ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) virou um ativo eleitoral disputado entre os principais pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024.
Líderes das pesquisas de intenção de voto, tanto Guilherme Boulos (PSol) quanto o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), querem o apoio de Marta a suas respectivas candidaturas no próximo ano.
No caso de Boulos, a articulação vai além do simples apoio. Uma articulação comandada diretamente por Lula tenta fazer Marta voltar ao PT para ser a vice do pré-candidato do PSol à prefeitura de São Paulo.
Marta ajuda na falta de experiência de Boulos Na avaliação de aliados de Boulos, ter Marta como companheira de chapa ajudaria o deputado do PSol a amenizar as críticas de que ele não tem experiência para administrar a maior capital do Brasil.
Marta governou São Paulo de 2001 a 2005, quando ainda era filiada PT. A gestão dela ficou marcada por iniciativas até hoje vigentes. Entre eles, o Bilhete Único e os Centros Educacionais Unificados (CEUs).
A ex-prefeita, no entanto, também foi alvo de críticas por reformular impostos existentes e criar novas taxas, como a “taxa do lixo” e a “contribuição para custeio da iluminação pública”.
Marta ajuda Nunes a neutralizar bolsonarismo Já para Ricardo Nunes, de quem Marta é secretária municipal de Relações Internacionais há três anos, o apoio da ex-senadora ajudaria a neutralizar o peso que o apoio de parte do bolsonarismo traz para o atual prefeito.
Marta foi filiada ao PT por mais de 30 anos e é conhecida nacionalmente por ter posições mais progressistas, em defesa de temas como o direito ao aborto, tema espinhosos para o conservadorismo.
É justamente por saber o peso do apoio de Marta que o atual prefeito ainda não rompeu de vez com ela, mesmo sabendo que sua secretária está negociando com Lula e Boulos.