Em discurso na ONU nesta sexta-feira (20), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu a necessidade de o Brasil enfrentar a criminalidade ambiental, em especial, na Amazônia. Barroso participou do evento “SDGs in Brazil 2024”, na sede da ONU em Nova York, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, organizado pelo Pacto Global – Rede Brasil da ONU. O presidente do STF defendeu, ainda, que o Brasil tem todas as condições de ser a grande liderança ambiental do mundo e não pode deixar de ter esse “protagonismo”.
Para jornalistas, Barroso afirmou que as queimadas no Brasil ocorrem após um desmonte “muito relevante” das instituições de proteção ambiental e diante das secas “sem precedentes” no país. “Houve um desmonte muito relevante das instituições de proteção ambiental, de proteção às comunidades indígenas. Há um problema humano, de recursos humanos e de preparação técnica em relação ao desmonte”.
Segundo ele, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros órgão ficaram “totalmente desestruturados” de pessoas e trabalho e foram “desprestigiados”. Barroso também ressaltou que após enfrentar enchentes no Rio Grande do Sul, o Brasil sofre agora com uma seca “sem precedentes” e que tem causado as queimadas.
“A emergência climática não é só o Brasil, mas o Brasil hoje é um exemplo de como o descontrole climático pode afetar a vida das pessoas. Nós estamos tendo uma seca prolongada na Amazônia, que não havia há muitas décadas nada parecido”, declarou. Ele defendeu que o STF tem feito “o que é possível ser feito”, e avaliou que o governo brasileiro está empenhado no combate às queimadas. “Estamos aprendendo uma lição e precisamos fazer um bom dever de casa nessa matéria”, afirmou.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carolina Ferreira