Senador foi alvo de uma operação de busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes por suposta tentativa de obstrução do inquérito dos atos de 8 de Janeiro
ANDRé RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ministro da Justiça, Flávio Dino durante o Almoço-Debate LIDE, para debater o diálogo entre os setores público e privado no Hotel Palácio Tangará em São Paulo (SP)
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), falou nesta sexta-feira, 16, sobre as operações de busca e apreensão que o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) foi alvo na última quinta. Segundo o parlamentar, a ação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi uma “emboscada”. Em uma rápida conversa com jornalistas em um evento em Tocantis, o chefe da pasta ministerial ressaltou que o Poder Judiciário atua de maneira independente e que a PF cumpre ordens judiciais independente do alvo em questão. “Os problemas de polícia, esse senhor [senador Do Val] e outras pessoas investigadas que respondam perante a polícia e a Justiça”, completou. Ontem, o senador foi alvo de uma devassa em seu gabinete parlamentar, no Senado, em seu apartamento funcional em Brasília e em sua residência no Espírito Santo. As contas do senador nas redes sociais foram retiradas do ar, por ter postado no dia 12 deste mês, relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o 8 de Janeiro. Segundo apurou com exclusividade a Jovem Pan News, o parlamentar é investigado por cinco crimes: divulgar documento sigiloso (artigo 153 do Código Penal), associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), atentado à soberania do país (artigo 359-L do Código Penal), tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído (artigo 359-M do Código Penal) e organização criminosa (artigo 2, parágrafo 1º da Lei 12.850/2013).