InícioEditorialRastro do PCC em execução não exclui ligação de policiais, diz Derrite

Rastro do PCC em execução não exclui ligação de policiais, diz Derrite

São Paulo – O secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, afirmou não descartar a participação de policiais no assassinato do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, o delator do PCC executado com 10 tiros de fuzil no dia 8 de agosto, quando chegou de um voo de Maceió (AL) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, região metropolitana.

Gritzbach era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), facção a qual teria ajudado na lavagem de dinheiro. Ele também era investigado pelo envolvimento no assassinato de dois membros da organização criminosa.

“Temos certeza que o crime organizado está envolvido [na morte de Gritzbach]. A participação de policiais, óbvio, não está descartada. Mas não tem ainda indícios de materialidade de autoria na participação direta no homicídio. As corregedorias [das polícias Civil e Militar] seguem trabalhando”, afirmou Derrite, na manhã dessa terça-feira (19/11).

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Gritzbach e a namorada
Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos
Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos
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Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach é morto em atentado no aeroporto de Guarulhos

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach e a namorada

Reprodução/Redes sociais

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Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos

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Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Divulgação

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Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, é suspeito de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach

Divulgação/ SSP-SP

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Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) oferece recompensa de R$ 50 mil por informações a respeito de suspeito de envolvimento na morte de delator do PCC

Divulgação/ SSP-SP

O secretário acrescentou que um Inquérito Policial Militar foi instaurado e que a PM solicitou a quebra do sigilo temático dos policiais que compunham a escolta particular de Gritzbach para “uma varredura minuciosa” em todas as conversas deles.

Todos os policiais civis e militares investigados pelo suposto envolvimento no crime foram afastados das ruas e seguem trabalhando em setores administrativos. Até o momento, nenhum suspeito de envolvimento no assassinato foi preso.

Olheiro

Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou o instante em que Vinícius Gritzbach chega ao saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo acompanhado da namorada e de dois seguranças particulares.

No fundo da imagem, é possível avistar Kauê do Amaral Coelho falando ao telefone. Segundo investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o olheiro que avisou os dois assassinos, ainda não identificados, sobre a chegada de Gritzbach. Além da ligação, a polícia suspeita que ele usou uma espécie de alarme para anunciar a chegada do corretor de imóveis, que foi assassinado com 10 tiros de fuzil cerca de 30 segundos depois.

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Vinícius Gritzbach fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e denunciou membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção pela qual era jurado de morte, além da extorsão supostamente cometida por policiais civis corruptos.

Além de divulgar o nome e a foto de Kauê, a pasta ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil para quem der informações que ajudem a localizar e prender o olheiro.

Cinco envolvidos no crime

O secretário da Segurança Pública Guilherme Derrite afirmou que, até o momento, pelo menos cinco pessoas estão envolvidas na execução de Gritzbach, direta e indiretamente.

A polícia também confirmou que as armas encontradas logo após o crime, entre elas fuzis, perto do aeroporto, foram usadas na ação, segundo laudos periciais.

Os policiais militares responsáveis pela segurança de Vinícius Gritzbach disseram em depoimento que, momentos antes do ataque ao delator do PCC, pararam em um posto de combustíveis para lanchar, enquanto aguardavam a chegada dele.

Segundo eles, quando decidiram ir em direção ao aeroporto, a caminhonete blindada não funcionou. Apenas um dos PMs teria ido até o local.

Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que dois homens de capuz descem de um carro preto e disparam contra Vinícius. Ele morreu na hora. Um motorista, que transportava clandestinamente passageiros, foi atingido por uma bala perdida e também morreu.

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