A Rede Globo ganhou um processo, após 21 anos a abertura do caso, contra o ator Ewerton de Castro. A situação ocorreu em 2002, quando o ator trabalhava na minissérie “O Quinto dos Infernos”. Na época, Ewerton alegou que foi “desrespeitado” por seu papel de pequena relevância na produção da emissora.

“Não fui respeitado artisticamente. Meu personagem não tinha falas e quase nunca era enquadrado pela câmera. Não pensei que eles chamariam a mim, um profissional com 34 anos de carreira, para fazer praticamente uma figuração”, declarou o ator na época.

Com mais de 30 anos de carreira como ator, Ewerton de Castro participou do elenco de diversas novelas que marcaram gerações, como “Roque Santeiro” (1985), “Pantanal” (1990), “Fera Ferida” (1993) e “A Escrava Isaura” (2004).

Em 2002, ele foi escalado para “O Quinto dos Infernos”, ficou ofendido ao descobrir que seu personagem tinha pouca “importância” para o enredo, e abandonou o papel durante as filmagens.

Na época, a Globo processou Ewerton por quebra de contrato e exigiu o pagamento de uma multa pelo “transtorno” causado ao roteiro com a ausência de um ator.

“Diante do inexplicável desaparecimento de um de seus personagens, foi preciso alterar o roteiro, reescrevendo vários capítulos, tentando, de alguma forma, não prejudicar o conteúdo da obra”, afirmou a emissora no processo.

No dia 15 de maio de 2023, após 21 anos do processo criado pela Globo, a Justiça deu ganho de causa à emissora e decidiu que o ator deverá pagar cerca de R$210 mil de multa. Ewerton de Castro ainda poderá recorrer da decisão.