InícioLazer, vida e culturaEducação‘Revalida’ continua obrigatório para médicos estrangeiros atuarem no Brasil

‘Revalida’ continua obrigatório para médicos estrangeiros atuarem no Brasil

Muitos países têm procedimentos específicos para garantir que os médicos formados no exterior atendam aos padrões e requisitos locais para exercer a profissão. No Brasil, o processo conhecido como Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida) continua obrigatório.

Médicos estrangeiros passam por duas etapas para obterem autorização para exercerem a profissão. A prova escrita abrange conhecimentos teóricos e é composta por questões objetivas e discursivas. Já na avaliação prática, os candidatos devem demonstrar suas habilidades médicas em situações simuladas de atendimento.

Os profissionais em avaliação devem focar não somente no aprendizado da língua portuguesa, mas também nas disciplinas médicas específicas e nas particularidades do sistema de saúde brasileiro para obter sucesso na revalidação do diploma. Para quebrar a barreira da língua, um curso de português para estrangeiros é imprescindível.

O que é o Revalida

O Revalida é um processo rigoroso e competitivo, elaborado para garantir que os médicos estrangeiros tenham competências e conhecimentos equivalentes aos exigidos dos médicos formados no Brasil. O exame busca assegurar a qualidade e a segurança dos serviços de saúde prestados à população brasileira. 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação, é responsável pela aplicação das provas, duas vezes por ano. Dados de 2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que mais de 90% dos médicos que atuam no país se formaram no Brasil (521 mil). Apenas 20,9 mil médicos foram graduados no exterior.

Revalida passo a passo

Profissionais graduados em medicina em instituições de ensino superior estrangeiras devem cumprir alguns requisitos para o processo de revalidação de diploma no Brasil. Ser brasileiro ou possuir residência legal no país é a primeira delas.

Na parte documental, o candidato ao Revalida deve providenciar cópias do diploma (frente e verso), conforme exigido pelo sistema de inscrição; possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) emitido pela Receita Federal do Brasil e apresentar diploma médico emitido por instituição de ensino superior estrangeira reconhecida pelo ministério da educação ou órgão equivalente do país de origem. 

O diploma deve ser autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo de Apostilamento da Haia, de acordo com a Convenção de Apostila da Haia, tratado internacional ratificado pelo Brasil através do Decreto n.º 8.660, de 29 de janeiro de 2016.

A primeira etapa do Revalida é uma prova escrita, que avalia os conhecimentos teóricos do médico estrangeiro em diversas áreas da medicina, como clínica médica, cirurgia, pediatria, ginecologia, obstetrícia, medicina preventiva, ética médica e legislação profissional, por exemplo.

Se aprovado na prova escrita, o candidato precisa demonstrar suas habilidades clínicas em situações simuladas de atendimento médico, realizando anamneses, exames físicos, diagnósticos, prescrevendo tratamentos e se comunicando de maneira eficaz com pacientes e equipe.

Ao concluir com sucesso todas as etapas do Revalida, o médico estrangeiro recebe o reconhecimento do diploma de medicina no Brasil e é autorizado a exercer a profissão no país.

Aprender português é parte da preparação para o ‘Revalida’

Ao se preparar para a revalidação do diploma no Brasil, o médico estrangeiro precisa ter proficiência na língua portuguesa e conhecimento sólido das terminologias médicas em português. É preciso ficar de olho no edital do Inep para cada prova.

Em um curso de português adaptado para profissionais da área da saúde, é possível aprender vocabulário e expressões específicas relacionadas à prática médica, como terminologias anatômicas, procedimentos médicos, doenças, sintomas e tratamentos. 

O curso pode começar com uma avaliação do nível de proficiência em português dos médicos estrangeiros. Isso ajuda a determinar o ponto de partida para o aprendizado, garantindo que o conteúdo do curso seja adaptado às necessidades individuais de cada aluno.

Além do curso de português para estrangeiros, é importante adquirir material de estudo, como livros que abordam as áreas temáticas cobradas no exame também em português. Existem diversos recursos disponíveis, como livros de questões anteriores do Revalida, plataformas online com simulados e casos clínicos para praticar a aplicação do conhecimento em situações reais.

Participar de aulas particulares ou grupos de estudo com outros médicos estrangeiros que estão se preparando para a revalidação pode ser muito útil para praticar a língua portuguesa em um contexto médico.

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