São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas prometeu uma investigação rigorosa e punição severa aos responsáveis pela execução do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, ocorrida na tarde desta sexta-feira (8/11). Rival do PCC, ele foi morto com tiros de fuzil na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana.
“Tudo indica que a ação criminosa ocorrida hoje no Aeroporto de Guarulhos está associada ao crime organizado. Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, escreveu o governador paulista em mensagem postada em seus perfis nas redes sociais.
Tudo indica que a ação criminosa ocorrida hoje no Aeroporto de Guarulhos está associada ao crime organizado. Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado… pic.twitter.com/x3t99Qhjy8
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) November 8, 2024
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil estadual. A Polícia Federal (PF) também abriu um inquérito para apurar o assassinato, ocorrido nas dependências do terminal aeroportuário — considerado um dos maiores aeroportos da América do Sul e por onde circulam aproximadamente 3,4 milhões de passageiros por dia.
Vídeo:
A execução
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado enquanto desembarcava no terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos.
Segundo fontes consultadas pelo Metrópoles, no momento em que o empresário apareceu, quatro homens encapuzados desceram de um carro, correram em direção a ele e dispararam 29 tiros com fuzis.
Ainda de acordo com o apurado pela reportagem, um outro carro estava estacionado no apoio dos executores. Este veículo teria sido encontrado pela Polícia Militar.
A vítima fatal era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia fechado acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, que foi homologada em segredo de Justiça.
Tentativa de assassinato
Esta não é a primeira vez que tentam matar Vinícius. Ele foi alvo de um atentado enquanto passava o Natal, no último ano, em família. Ele estava na sacada de seu apartamento no Jardim Anália Franco, bairro nobre da zona leste, quando um disparo de arma de fogo foi feito em direção ao local.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.
O duplo homicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Noé Alves Schaum, denunciado por ser o executor dos membros do PCC, foi assassinado em 16 de janeiro de 2022.