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Rui arrega, o palácio do vice e a rede de intrigas na disputa pelo STJ

Foto: Agência Brasil

O palácio do vice
A falta de espaço no governo e o consequente tempo livre estão dando liberdade à mente criativa do vice-governador Geraldo Júnior (MDB). A última dele foi querer um palácio para chamar de seu. O emedebista tentou, com todas as suas “forças ocultas”, convencer o governador Jerônimo Rodrigues (PT) de que a figura institucional do vice-governador também deveria ter uma morada pomposa. A sugestão foi o Palácio da Aclamação. Pediu, mas não colou. Jerônimo desconversou e fingiu que não entendeu.

Inferno astral
Por falar no vice, a corrida organizada por ele no último final de semana minguou. Nem mesmo Jerônimo marcou presença, e os poucos secretários estaduais presentes chegaram atrasados no evento, que foi realizado no CAB. Vereadores não foram e, entre os deputados, só dois marcaram presença, um deles o próprio filho de Geraldo. Foi uma clara demonstração de desprestígio político. 

Disputa 
A disputa entre desembargadores baianos por uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ) se transformou numa verdadeira rede de intrigas e produção de histórias falsas. Tem desembargador usando nome de gente da política, da imprensa e até de empresários para angariar apoios e atingir colegas.

Pediu penico
Com risco de perder o cargo após sucessivos episódios de desgaste político, o ministro Rui Costa pediu penico e decidiu fazer um mea culpa após dizer que Brasília era “uma ilha da fantasia”. A declaração provocou uma enxurrada de críticas, inclusive de dentro do PT, ao ministro, que foi alertado por colegas ministros da possibilidade de demissão. Inicialmente, Rui resistiu às recomendações dadas por aliados para pedir desculpas, mas diante da pressão o ministro recuou e disse que não foi “feliz nas minhas palavras”. 

Tic tac
Mesmo com o pedido de desculpas, Rui Costa continua sendo fritado até mesmo dentro do PT. Parlamentares baianos acreditam que, com o mea culpa, Rui ganhou um respiro, mas continua ainda com a situação delicada no governo. Considerado persona non grata pelo Congresso, o ministro não é bem-visto pelo núcleo duro petista nem pelos colegas ministros. Eles confidenciaram que o presidente Lula já foi alertado por aliados próximos que a situação de Rui pode ficar insustentável e prejudicar ainda mais o governo. 

Erro de cálculo?
Ninguém sabe se a fala de Rui foi um erro de cálculo ou algo pior. Um político da base ironizou o ex-governador: “Ele pode até entender de pobreza, mas definitivamente não sabe como resolver o problema”. E lembrou que, depois de 8 anos, Rui deixou a Bahia com mais da metade da população em situação de pobreza, como apontou o IBGE. Os baianos também formam o maior número de desempregados do país, assim como estão também no topo quando o assunto é mortes violentas. 

Ringue nas águas
A Embasa se tornou palco de mais uma disputa entre o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro Rui Costa (PT). A batalha entre os dois começou com a indicação do presidente da empresa, queda de braço vencida por Wagner com a nomeação de Leonardo Góes. Agora, a rixa prossegue. O senador defende um “sacode” na companhia para ampliar o uso político dela, não se restringindo apenas a um “cabide de emprego”. Rui, por outro lado, tem travado mudanças sustentadas por Wagner e reivindicações de deputados ligados ao senador, mas Góes tem tratorado os órgãos internos. Wagner, inclusive, bancou a nomeação de um ex-prefeito de sua confiança para auxiliar nas mudanças. 

Barbas de molho
Com a divulgação da pesquisa que colocou o prefeito Bruno Reis como o mais bem avaliado entre as 10 maiores capitais do país, restou ao grupo governista no estado morder a língua e colocar as barbas de molho. No afã de tentar antecipar a sucessão municipal de 2024, os oposicionistas na capital baiana adotaram o método da “crítica pela crítica” na tentativa de desgastar a imagem do prefeito, estratégia que não tem sido bem-sucedida. Segundo a pesquisa Paraná, Bruno está com aprovação de quase 70%. 

DataJero
Virou piada no meio político a tentativa desesperada do grupo governista no Estado de emplacar a narrativa de que Jerônimo teria elevada aprovação na capital baiana, após a divulgação do levantamento que deu a Bruno Reis a liderança no ranking dos prefeitos com melhor avaliação. A tal “pesquisa” citada pelo governo não trouxe informações básicas, não cita qual instituto realizou o levantamento e nem diz quando foi realizada. Houve quem dissesse que a pesquisa foi realizada pelo “DataJero”. Um deputado do grupo dos insatisfeitos, sem papas na língua, que o governador não tem 70% de aprovação “nem mesmo entre seus apoiadores”. 

Ao gosto do freguês
O governador Jerônimo Rodrigues deu de ombros para a recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que apontou haver impedimento legal para a nomeação do vereador Henrique Carballal (PDT) na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e resolveu ir além. No último sábado (3), o petista usou a força de um decreto para driblar a Lei das Estatais e viabilizar a nomeação. Com a lei adaptada ao seu próprio gosto, Jerônimo agora deve ignorar de vez as reclamações técnicas do setor empresarial contra a indicação de um nome alheio à atividade fim da companhia, além de desconsiderar o pleito vindo do Partido Verde, que já havia sinalizado interesse no órgão.

Gasolina no campo
Era para ser uma oportunidade de pacificação, mas o governador usou a abertura da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado, para colocar mais gasolina na tensão agrária. Num discurso pouco concatenado, Jerônimo pediu que o setor produtivo não se contaminasse com paixões políticas, mas fez repetidas provocações ao governo anterior, a quem, notadamente, representantes do agronegócio declaravam certa simpatia. De concreto, o governador não anunciou nenhuma medida nem investimento para o setor responsável por 25% do PIB do Estado e que ainda sofre com as invasões de terras promovidas pelo MST sob olhar leniente do governo baiano.

Playlist
As redes voltaram a comparar a performance dos governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Jerônimo Rodrigues (BA). Meses atrás, quando ambos estavam em respectivas viagens internacionais, Tarcísio ganhava destaque pelo pacote robusto de obras e investimentos que conseguiu captar, enquanto Jerônimo pedia ajuda aos seguidores para montar uma playlist musical a caminho da China. Recentemente, Tarcísio anunciou a chegada de R$ 140 bilhões em investimentos privados a São Paulo. Na Bahia, segue o abismo de projetos e respostas para questões pendentes há anos, inclusive em relação a promessas históricas, como as obras da lendária ponte Salvador-Itaparica e do monotrilho do Subúrbio

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