InícioEditorialSem tabu: de anônimos a famosos, homens estão cada vez mais vaidosos

Sem tabu: de anônimos a famosos, homens estão cada vez mais vaidosos

De acordo com a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), os homens têm procurado cada vez mais as cirurgias plásticas com finalidade estética. Dados revelam que o número de pacientes subiu de 5% para 30%, em cinco anos, ou seja, consolidando um aumento significativo de 72 mil para 276 mil procedimentos anualmente. O mercado que antes era completamente dominado por elas agora se molda a outra realidade e nicho, composto por pacientes masculinos em busca da vaidade e autoestima. Dentre os principais alvos do bisturi, estão a busca pelo nariz mais proporcional, rosto rejuvenescido e cintura menos marcada. 

Alguns famosos já realizaram diversos procedimentos e publicaram o antes e depois nas redes sociais. O ex-BBB Caio Afiune, por exemplo, foi submetido a dois tipos de lipoaspiração e uma ginecomastia no período de dois anos. Aliás, a ginecomastia, que é a cirurgia de redução de mamas, já levou outras celebridades a enfrentarem intervenções, dentre elas, Eliezer, Dwayne Johnson (o The Rock) e Leo Stronda. Muitos outros nomes já viraram notícia por conta de rinoplastias e outros procedimentos, além da harmonização facial, que, claro, é menos invasiva. 

Ainda sobre o mercado de cirurgia plástica, é possível notar uma mudança de comportamento deles sobre a autoimagem. “O homem vem com uma queixa menos estética, se comparar com a mulher, mas houve um aumento significativo em relação à procura deles aos consultórios. Ainda, o perfil do que eles desejam para essa aparência é sempre mais natural, sem demonstrar que existiu de fato algum procedimento ali e é possível ainda constatar outra alteração: muitos deles aceitam procedimentos mais invasivos em busca da melhora da aparência e visando o bem-estar e autoestima”, declara o Dr. Nicola Biancardi, cirurgião plástico com pós-graduação pelo Instituto Ivo Pitanguy e pela PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). 

Para a psicanalista e psicoembrióloga Cíntia Castro, esse cenário de mudança comportamental é, de modo geral, benéfico. “Vivemos em uma sociedade em constante evolução, na qual as normas de beleza estão sempre sendo redefinidas. Com isso, os homens estão cada vez mais expostos a influências das redes sociais, o que pode levar a uma maior pressão para se adequarem a certos padrões de beleza pré-estabelecidos. Assim, é comum notarmos o aumento de procedimentos de cirurgia plástica, já que cada vez mais eles estão assumindo a vaidade e não têm mais vergonha de realizar intervenções.” A especialista pontua que, independentemente do gênero, o autoamor e cuidado com a imagem hoje, em tempos de redes sociais, mais do que nunca, é essencial, mas deve atender a limitações saudáveis. “A preocupação com a autoimagem pode melhorar a autoconfiança e a autoestima trazendo um bem-estar e uma maior motivação para alcançar objetivos pessoais. No entanto, é importante ter equilíbrio entre vaidade saudável e vaidade destrutiva, podendo levar a problemas sérios como a obsessão pela aparência perfeita, distúrbios alimentares, transtornos de imagem corporal, ansiedade e até depressão. Como tudo na vida, se faz necessário o bom senso.” 

Para o médico, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, é preciso ter cautela, sempre. “A mudança acontece a partir da aceitação dos procedimentos estéticos por parte dos homens, e a tendência mais natural e jovial. O que mais podemos observar é a busca por procedimentos que tenham retornos mais rápidos para suas atividades de trabalho, e procedimentos para contorno corporal, lipoaspiração e abdominoplastia, por exemplo”, ressalta.

Apesar da diferença de perfil, tanto homens quanto mulheres estão em busca de cuidar mais do corpo, priorizando a naturalidade na maioria dos casos. “Percebo também uma nova linha de demanda em que pequenas imperfeições são mais aceitas e o chamado rosto de boneca não tem mais lugar ao Sol. O homem busca o aprimoramento para parecer cada vez mais masculino, diferentemente da mulher, que deseja a feminilização, com elevação do olhar, quando falamos em rosto, por exemplo”, explica Biancardi. O autor de um mestrado pela Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro) ainda conclui: “Os três procedimentos mais procurados pelos homens nos consultórios são, em primeiro lugar, a blefaroplastia, cirurgia que remove o excesso de pele nas pálpebras; em segundo lugar, a ginecomastia, o tratamento da mama masculina, que, ao longo do tempo, tem essa tendência do caimento, acúmulo de gordura ou até mesmo surgimento de glândulas; e, em terceiro lugar, a lipoaspiração, em busca do tratamento da região abdominal, região dos flancos, coxas e lateral do quadril”.

*Especial para a Jovem Pan
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