O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebeu nova condenação nesta sexta-feira (20/5). A 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, por meio do juiz Marcelo Bretas, sentenciou o político a mais 17 anos de prisão.
As novas denúncias são decorrentes das operações Calicute, Eficiência e Tolypeutes. Cabral teria recebido R$ 78,9 milhões da empreiteira Odebrecht por meio de propinas relacionadas a obras na cidade do Rio de Janeiro. Os repasses teriam ocorrido na linha 4 do metrô, no Arco Metropolitano, na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e no projeto de urbanização da favela do Alemão.
A investigação começou em 2018, após denúncia obtida a partir da delação de executivos da Andrade Gutierrez. Também foram condenados dois ex-secretários: Wilson Carlos (18 anos, 11 meses e 12 dias, da Secretaria de Governo, e Hudson Braga (15 anos, um mês e 25 dias), da Secretaria de Obras.
Também um ex-assessor, Wagner Jordão Garcia, foi condenado a cinco anos, 11 meses e 20 dias de reclusão. Já a pena atribuída ao ex-diretor da RioTrilho Heitor Lopes de Sousa Junior foi de nove anos e quatro meses de prisão.
Cabral teria, de acordo com o entendimento do juiz, mercantilizado o cargo no governo do Rio de Janeiro atuando como o principal idealizador e articulador do esquema de corrupção.
O ex-governador está preso desde novembro de 2016. Já passou por seis presídios: Bangu 8, Benfica, Complexo Médico de São José dos Pinhais, Batalhão Prisional da Polícia Militar, Bangu 1 e, por fim, o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros.
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