O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar na próxima quarta-feira, 17, o julgamento da ação penal contra o ex-senador Fernando Collor e outros dois réus pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa. O advogado de Collor, Marcelo Bessa, sustentou diante dos ministros que não há provas para comprovar a participação do ex-senador em irregularidades. “A minha convicção plena é de que efetivamente se trata de uma ação penal que merece a mais absoluta improcedência porque não houve nenhum esforço probatório por parte do Ministério Público. E não poderia haver mesmo, porque os fatos apontados não ocorreram da forma como indicado na denúncia”, disse Bessa. O ministro Edson Fachin, relator do caso, começou a votar e vai concluir seu parecer na semana que vem. Até o momento, Fachin considera que há provas dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O julgamento começou na quarta-feira, 10, com a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a condenação do ex-senador à prisão. A PGR aponta documentos e delação premiada como provas. O caso é um desdobramento da Lava Jato. Collor é acusado de receber quase R$ 30 milhões em pagamento de propina por negócios da BR Distribuidora , subsidiaria da Petrobras na venda de combustíveis. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2010 e 2014. Além da prisão, a PGR pede pagamento de multa e indenização por danos morais no valor de R$ 90 milhões.
*Com informações da repórter Paula Lobão