O ministro Francisco Falcão, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta sexta-feira, 24, que Robinho entregue seu passaporte em até cinco dias – ou seja, até a próxima quarta-feira, 29. Na decisão, o relator levou em consideração a gravidade do crime, a repercussão internacional do caso e a condição econômica do jogador, a qual poderia facilitar eventual fuga do Brasil. A determinação acontece um dia depois da defesa do ex-jogador da seleção brasileira se colocar à disposição para levar o documento à Polícia Federal de Santos (SP). O magistrado, porém, exigiu que o passaporte seja entregue diretamente ao STJ. A decisão acontece enquanto o Tribunal analisa o pedido de homologação da sentença italiana que condenou Robinho à pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro. A Justiça da Itália quer que o atacante cumpra a sentença em território brasileiro. Anteriormente, o país europeu já tinha pedido a extradição do atleta, algo vetado pela Constituição brasileira.
Condenado em três instâncias pelo crime cometido contra uma jovem albanesa, na cidade de Milão, em 2013, Robinho não pode questionar o mérito da sentença. Os advogados, entretanto, tentam barrar o cumprimento da pena no Brasil. Publicamente, o atacante está se mantendo em silêncio. Além de não conceder entrevistas, o jogador com passagens por Real Madrid, Manchester City, Milan, Atlético-MG e outros clubes também não está publicando conteúdo nas redes sociais. Neste ano, por exemplo, o atleta não fez nenhuma postagem em sua conta no Instagram. Seus últimos registros são fotos das festas de fim de ano e uma homenagem a Pelé, além do apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em outubro de 2022.