InícioEditorialPolítica NacionalTaxação das "comprinhas" só entra em vigor em 1º de agosto

Taxação das “comprinhas” só entra em vigor em 1º de agosto

Projeto que prevê tributo das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado nesta 5ª feira (27.jun) pelo presidente Lula

A informação foi dada pelo ministro Alexandre Padilha (Secretária das Relações Institucionais), na foto, logo depois da sanção do presidente Lula Sérgio Lima/Poder360 – 27.jun.2024

PODER360 27.jun.2024 (quinta-feira) – 14h29

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta 5ª feira (27.jun), o programa Mover, que inclui a taxação de 20% das compras internacionais de até US$ 50. Mas o tributo só vai entrar em vigência no dia 1º de agosto. A informação foi dada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a jornalistas no início desta tarde, logo depois da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, realizada no Itamaraty.

“Isso permite organização da Receita e própria adaptação dessas plataformas para que tenha essa cobrança“, disse Padilha. A data está determinada em medida provisória a ser publicada pelo Governo Federal no Diário Oficial da União.

O chefe do Executivo também sancionou Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas e o Marco Regulatório de Fomento à Cultura. Lula assinou decretos sobre:

Estratégia Nacional de Economia Circular; Política Nacional de 1ª Infância; Projetos Tecnológicos de Alto Impacto; Regulamentação da Lei de Incentivo à Reciclagem. Entenda os textos sancionados pelo presidente: Programa Mover

Aprovado em 12 de junho de 2024 pelo Congresso, tem como objetivo reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria automobilística até 2030, incluindo carros de passeio, ônibus e caminhões. O projeto de lei determina um incentivo fiscal de R$ 19,3 bilhões até 2028 para as montadoras que cumprirem critérios de descarbonização.

O montante é dividido da seguinte forma:

2024 – R$ 3,5 bilhões; 2025 – R$ 3,8 bilhões; 2026 – R$ 3,9 bilhões; 2027 – R$ 4 bilhões; 2028 – R$ 4,1 bilhões. A proposta, uma das principais defendidas pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), também visa expandir investimentos em eficiência energética, estabelece limites mínimos de reciclagem na fabricação de veículos e cria o IPI Verde, em que, quem polui menos, paga menos imposto.

O texto inclui a taxação de 20% sobre as “comprinhas” internacionais de US$ 50 (principalmente da China, de lojas como Shein e Shopee).

Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas

Também em junho, o Congresso aprovou o projeto que estabelece as diretrizes gerais para a adaptação das políticas públicas brasileiras aos efeitos das mudanças climáticas.

Uma das prioridades é o setor de infraestrutura, como comunicações, energia, transportes, finanças, águas, saneamento, habitação, áreas verdes e equipamentos de saúde.

O texto também determina que as políticas públicas nas esferas federal, estaduais e municipais levem em conta riscos climáticos. Porém, não cria um prazo para que o poder público crie tais planos, mas estabelece diretrizes de acordo com as regras da Política Nacional sobre Mudança do Clima, de 2009.

Os planos precisarão passar por análise do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente), formado por órgãos como Ibama e ICMBio, durante a elaboração. Também deverão ser baseados em relatórios científicos do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Deverão ainda ser revisados a cada 4 anos.

Marco Regulatório de Fomento à Cultura

O projeto determina um conjunto de direcionamentos gerais para o fomento à Cultura no país na esfera da administração pública da União. O texto prevê repasses da administração pública na forma dos termos de execução, premiações e bolsas culturais na realização de projetos, editais

Ele trata também da possibilidade de contrapartidas do setor privado, nos termos de ocupação e cooperação cultural. Foi encaminhado à sanção presidencial pelo Congresso em 11 de junho.

Reunião do Conselhão É a 3ª reunião plenária do grupo. Além de Lula, participaram também Alckmin e os ministros:

Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Marina Silva (Meio Ambiente); Fernando Haddad (Fazenda); Simone Tebet (Planejamento); Mauro Vieira (Relações Exteriores); Esther Dweck (Gestão e Inovação); Camilo Santana (Educação); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Miriam Belchior (ministra interina da Casa Civil). O grupo é formado por pessoas dos mais variados espectros da sociedade, como empresários, artistas, influenciadores digitais, médicos, integrantes de movimentos sociais e sindicais, líderes indígenas, professores, economistas e outros. O colegiado deve trocar alguns nomes a partir de 5ª feira.

O Conselhão foi criado por Lula em seu 1º mandato (2003-2006) e foi extinto em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A 3ª gestão do petista recriou o colegiado em 2023 com o objetivo de ser um canal de diálogo direto entre o Executivo e a sociedade. É uma forma de o governo fazer com que segmentos sociais se sintam ouvidos –estratégia muito utilizada pelas gestões do PT.

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