O Teatro Gamboa inicia nesta quarta-feira (16) uma maratona cultural que segue até o fim do ano, em formato presencial, on-line e/ou híbrido. Há opções gratuitas e com venda de ingressos que custam, para quem for acompanhar a programação presencialmente, R$15 meia-entrada e R$30 inteira. O público que optar por assistir on-line os espetáculos que tenham transmissão, os ingressos custam R$10 meia-entrada e R$20 inteira, à venda no site.
Abrindo a agenda da semana, às 19h da quarta-feira o espaço estreia a ocupação Gamboa Abissal, em parceria com o Selo Criativo Abissal. Neste dia, os fundadores do selo recebem, no palco do Gamboa, o artista Ênio para a transmissão do Podcast Abissal, apresentado pelo designer Luan Boré e pela artista CAMILAS.
O projeto acontecerá em modelo híbrido (presencial e com transmissão on-line pelo canal do Gamboa no Youtube) e gratuito, e busca o aprofundamento e autoconhecimento do mercado local voltado para a construção de uma saúde artística e sustentabilidade realizadora cada vez mais forte para a Bahia. Como produtor musical, arranjador e músico, Ênio trabalhou com artistas como Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Caetano Veloso, Emicida, Tom Zé, Pitty, Margareth Menezes e Baiana System, entre outros. É também responsável pela criação e curadoria do Festival Novíssimos Labs, faz direção musical e Curadoria do Festival Afropunk e é um dos jurados do Prêmio Multishow 2022.
Ainda como parte da ocupação Gamboa Abissal, na quinta-feira (17) e sexta-feira (18), às 19h, o teatro sedia o Abissal Convida, quando a cantora Marí Alves apresenta o show que parte do EP Viúva Negra, lançado em março pela artista. Com referências sonoras que passam do Trip Hop, do Dark Pop ao experimental, Viúva Negra abrange a musicalidade expressiva e catártica da intérprete e autora. Na quinta o show é exibido no formato híbrido (presencial e virtual), e na sexta, somente presencial. Ingressos à venda.
Sábado (19), às 11h, o show O Voo da Xica chega ao palco do Gamboa celebrando os sete anos de atuação, na modalidade presencial. A história do projeto teve início em 2013. Lucianna Ávila, nome à frente, já contava histórias profissionalmente e tinha o sonho de escrever e publicar suas criações. A música encontrou pouso certo na performance artística e o Marcos Bezerra trouxe a raiz identitária brasileira, nordestina, através das músicas autorais que agregaram o ritmo certo a cada poesia. O resultado é o espetáculo sensível que chega desta vez ao Gamboa.
À noite, às 19h, também presencialmente, o espetáculo solo Sobejo leva Eddy Veríssimo ao palco e apresenta a história de Georgina Serrat, uma mulher que vê sua saúde mental, felicidade e sonhos destruídos quando descobre no casamento a face violenta do marido. Em um misto de flashbacks e depoimentos, vê-se uma mulher enclausurada em suas memórias, detalhando um cotidiano cruel. A concepção artística do solo ressalta questões ligadas à repressão contra a mulher, a submissão feminina, o sistema patriarcal instituído socialmente, o confronto entre a fé e a dor, os sonhos e a realidade, a infância e a maturidade, trazendo para o universo da cena. Ingressos à venda.
Domingo (20), às 11h, o coletivo Performáticos Quilombo provoca uma reflexão sobre o racismo na performance poética Magia Negra, que tem direção e performances de Antônio Soares e Nego Zum Bahia na percussão e dança, em uma apresentação para o público na modalidade presencial. Às 17h, o violonista Luan Sodré apresenta o show Violão Solo com a presença do público no Gamboa. No projeto intimista instrumental, Luan Sodré interpreta releituras de obras ligadas ao repertório musical afro-brasileiro, composto por obras de artistas como Mateus Aleluia, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Tatau, além de muito samba de roda. Ingressos à venda.