A catarata é uma doença ocular caracterizada pela opacidade do cristalino, estrutura responsável por auxiliar na recepção das imagens. A condição multifatorial provoca a sensação de uma névoa permanente diante dos olhos, resultado da degeneração das proteínas do cristalino, que se aglomeram e tornam a lente ocular progressivamente opaca, impactando a qualidade de vida.
No início, a doença pode ser sutil e passar despercebida, pois seu desenvolvimento é gradual. Contudo, sem o tratamento adequado, a progressão da doença pode afetar significativamente a visão, impactando o bem-estar e a independência do indivíduo. Atividades simples, como dirigir e ler, podem se tornar desafiadoras ou até impossíveis.
O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas, explica que a doença pode ser de vários tipos. Confira os principais abaixo.
- Senil: é mais frequente e se relaciona ao processo de envelhecimento, manifestando-se majoritariamente a partir dos 65 anos;
- Congênita: surge durante a primeira infância;
- Traumática: se desenvolve como resultado de pancadas ou ferimentos cirúrgicos no globo ocular.
O especialista ainda alerta para alguns fatores que podem desencadear a catarata. É o caso do uso contínuo de medicamentos, condições como a alta miopia e a diabetes, exposição ao sol sem proteção, consumo de sal em excesso e tabagismo.
Tratamento com colírio reduz risco de cegueira por catarata
Um estudo publicado no American Journal of Ophthalmology revelou que um colírio experimental pode melhorar a visão de contraste em ambientes pouco iluminados em 66,7% dos casos de catarata inicial.
O tratamento surge como uma alternativa menos invasiva para as fases iniciais da doença, contribuindo para a qualidade de vida de pacientes que aguardam pela cirurgia.
Para o especialista, a comprovação da eficácia do colírio é fundamental para a saúde pública. Isso porque, com o envelhecimento da população acontecendo a uma velocidade maior, os recursos médicos precisam atender à demanda.
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