Nomeação ocorre após Sonaira Fernandes deixar a pasta, na sexta-feira (5) para a disputa eleitoral de outubro
Reprodução/Pânico
Valéria presidiu a Comissão de Defesa e dos Direitos das Mulheres
A deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL-SP) foi nomeada pelo governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para comandar a Secretaria de Políticas para a Mulher. A indicação foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (9). A escolha de Tarcísio pela deputada bolsonarista é vista como um gesto de manter a proximidade com o padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e também o alinhamento com a direita e o PL. A nomeação ocorre após Sonaira Fernandes deixar a pasta. Recém-filiada ao PL, a vereadora evangélica foi exonerada da chefia da secretaria nesta sexta-feira (5) para a disputa eleitoral de outubro. Ele pode tentar novamente uma cadeira na Câmara Municipal ou ainda ser vice na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com apoio de Tarcísio. No X (antigo Twitter), Valéria disse que aceitou o convite do governador para continuar o legado de Sonaira. “Agradeço a confiança, reiterando todo empenho e amor para atuar por políticas públicas às mulheres do nosso Estado”, publicou, nesta terça.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
Valéria é casada com um primo de segundo grau do ex-presidente, Luis Oscar Bolsonaro. Em 2022, após o Jair Bolsonaro perder as eleições, ela se posicionou sobre um documento do PL que pedia a anulação de votos e afirmava que Bolsonaro havia obtido 51% dos votos no segundo turno. A deputada afirmou, na época, não ter “medo de novas eleições”, mas sim de “falta de transparência e de lisura”. A nomeação é considerada um aceno de Tarcísio ao padrinho político. O governador já disse que o candidato que Bolsonaro escolher para apoiar, ou em suas palavras, que for “ungido” pelo ex-presidente, vai ser competitivo na eleição de 2026. Ele é um dos possíveis candidatos a herdar o capital político de Bolsonaro e se lançar para a corrida ao Executivo federal. O ex-presidente está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na Alesp, Valéria presidiu a Comissão de Defesa e dos Direitos das Mulheres. No último dia 18, um evento proposto por ela na Casa prestou homenagem às “mulheres patriotas”, que transformam o Brasil e as causas femininas, que “não têm partido e ideologia”, segundo a nova secretária. Em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Valéria Bolsonaro apresentou ou foi coautora de projetos de lei sobre pautas caras à direita, como o que proíbe o que chama de “ideologia de gênero” nas escolas públicas e privadas de São Paulo. Tramitando desde 2019, a proposta está pronta para ser votada em plenário desde dezembro do ano passado. Outro projeto que encampou com outros 15 deputados bolsonaristas foi para a proibição da exigência de apresentação do cartão de vacinação contra a covid-19 no Estado. O texto foi aprovado em dezembro de 2022, no último dia antes do recesso da Casa, e sancionado por Tarcísio em 15 de fevereiro do ano passado, com artigos vetados, como trecho que definia a competência exclusiva das famílias na decisão de vacinar seus filhos menores de idade.
*Com informações de Estadão Conteúdo