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Educação alimentar no pós bariátrica

O perigo de não se alimentar corretamente pós cirurgia: não obter os resultados esperados

A cirurgia bariátrica, ou simplesmente redução de estômago, é uma ótima aliada para algumas pessoas que apresentam obesidade grave e têm muita dificuldade em emagrecer.

Entretanto, após a realização do procedimento, muitos erram na recuperação, tampouco reveem os antigos maus hábitos alimentares, cometendo os mesmos erros, o que muito possivelmente compromete os resultados.

Além de gerar o famoso “efeito sanfona”, que se trata basicamente da perda e ganho de peso logo em seguida, pode facilitar, também, o risco de infecções.

Pensando nisso, reunimos algumas dicas que potencializam os efeitos da cirurgia. Confira abaixo!

Pós cirurgia bariátrica: o que fazer?

Para que você consiga atingir suas expectativas e não se frustrar depois de fazer uma redução de estômago, alguns pontos chave precisam ser considerados. Veja quais são eles.

Mudança de mentalidade

Antes mesmo de pensar na alimentação, é preciso mudar a mentalidade. É claro que cada caso é único, porém, é muito comum que pacientes bariátricos apresentem problemas psicológicos atrelado a comida.

Entender a razão por trás de hábitos alimentares ruins é essencial para superá-los. Por isso, é recomendado que as pessoas que se submeteram a cirurgia tenham acompanhamento psicológico com profissionais qualificados.

Dessa forma, é possível realizar a mudança de mentalidade e encarar os alimentos com novos olhos, sem repetir erros passados que, como já mencionado, podem ser comprometedores.

Exercícios físicos

Outro ponto de extrema importância é quanto a realização de exercícios físicos. A prática regular deles é muito benéfica e possibilita o sucesso máximo da cirurgia.

É muito comum que nos primeiros três meses o paciente perca muito peso e no decorrer do tempo, o ritmo desacelere. Trata-se de um processo natural de adaptação fisiológica.

Se não fosse desse jeito e a perda de peso fosse acelerada constantemente, os riscos de desnutrição, perda de massa óssea e infecções seriam muito mais graves.

Por isso, o papel da atividade física é tão relevante, pois proporciona a queima de calorias, mantém o metabolismo acelerado, aumenta a massa muscular, melhora o nível de açúcar no sangue e aliviam a sensação de estresse.

Vale lembrar que, antes de iniciar qualquer exercício, seu médico cirurgião precisa ser consultado, assim como um preparador físico capacitado.

Alimentação

A alimentação é, provavelmente, o principal fator a se considerar após uma cirurgia de redução de estômago.

O “efeito sanfona” costuma ser muito temido pelos adeptos do procedimento e realmente é uma preocupação, já que não só a aparência é prejudicada, como também todo o funcionamento do organismo.

A recomendação dos médicos e nutricionistas é seguir à risca a dieta passada, que evolui gradativamente. Essas fases sucessivas precisam ser respeitadas, de forma que ocorra a adaptação do novo estômago.

Cada uma das fases tem orientações diferentes que destrincharemos a seguir. Confira.

· Primeira Fase – Dieta líquida coada:

A primeira fase de adaptação de dieta após a bariátrica é a chamada dieta líquida coada, que dura cerca de sete dias após ser dada a alta do hospital.

As principais características são a pobreza de gordura e a ausência de açúcar, além da exigência de coar os líquidos mesmo após serem liquidificados.

São permitidos o consumo de água, chás, leite desnatado ou sem lactose, bebidas a base de amêndoas ou soja, água de coco, suco de frutas natural e sopa de carnes e legumes.

A ingestão de água deve ser fracionada, a cada dez minutos, no máximo 20 mL por vez, que é o equivalente a metade de uma xícara de café. Já as refeições podem conter 150 mL e devem ser feitas de sete a oito vezes por dia.

· Segunda Fase – Dieta líquida completa:

A segunda fase se difere da primeira, pois não se exige mais que os alimentos liquidificados sejam coados. A ressalva é que se precisa garantir que as preparações estejam bem homogêneas.

Ainda, pode-se incluir na lista de alimentos permitidos o iogurte light e a gelatina diet. Os fracionamentos continuam sendo os mesmos e a fase costuma durar do 8º ao 15º dia posteriores a alta hospitalar.

· Terceira Fase – Dieta branda:

Após o 16º dia e até o 30º dia da alta, inicia-se a terceira fase da dieta, chamada dieta branda.

Nesse momento, inclui-se na rotina o consumo de alimentos bem cozidos e amassados, como papas.

São permitidos iogurtes, leites, bebidas vegetais, sopas de legumes e carnes, peixes, purês de legumes e frutas sem adição de açúcar, frutas cozidas e gelatina diet. Também são necessárias de sete a oito refeições diárias, em volumes pequenos.

· Quarta Fase – Dieta geral:

Decorridos trinta dias da realização da cirurgia bariátrica, pode-se iniciar a quarta fase da dieta de adaptação.

Nesse momento, mesmo que se mantenha a recomendação da ausência de açúcar e da pobreza de gordura, podem ser introduzidos alimentos sólidos, mas bem cozidos e macios.

As sugestões são a inclusão de pão de forma, torradas, arroz, legumes, verduras, frutas, leites, bebidas vegetais, iogurtes, queijos cottage e ricota, requeijão light, carnes bovinas, aves, peixes, ovos mexidos ou poché, chás e sucos de frutas.

O fracionamento anterior é um pouco reduzido, podendo ser realizadas de seis a sete refeições diárias.

Atrelado a essas dicas, o consumo de bebidas gaseificadas, como refrigerantes e água com gás, bem como o de bebidas alcoólicas deve ser suspenso durante os seis primeiros meses após a operação.

A razão disso é que o gás proporciona uma sensação de estufamento e mal-estar, podendo ocorrer até mesmo náuseas e vômitos.

Depois da redução de estômago, os especialistas afirmam que o grupo alimentar mais importante é o das proteínas, que têm como função a construção e manutenção dos tecidos e a formação de enzimas, anticorpos e hormônios.

A quantidade mínima que precisa ser ingerida é de 60 gramas para as mulheres e de 80 gramas para os homens, que podem ser divididas entre proteína animal, que é mais completa, e proteína vegetal, com valor biológico moderado.

A suplementação de vitaminas também é imprescindível e deve ser mantida ao longo de toda a vida do paciente bariátrico.

Para saber mais cuidados, como por exemplo a realização de abdominoplastia pós bariátrica, é importante se informar com o cirurgião responsável pela cirurgia.

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