InícioEditorialEscolas municipais vão oferecer aulas de judô em Salvador

Escolas municipais vão oferecer aulas de judô em Salvador

A dona de casa Liliane Oliveira, 40 anos, estava em casa quando a filha Victória, 10, chegou da escola correndo para contar a novidade que ouviu na sala de aula. A prefeitura está desenvolvendo um projeto para oferecer aulas de judô nas escolas, e três instituições foram contempladas na primeira etapa nos bairros de Paripe, no Subúrbio Ferroviário; na comunidade do Curralinho, na Liberdade; e na Fazenda Grande II, em Cajazeiras, onde Victória estuda. São 375 crianças atendidas, e a intenção é ampliar as vagas.

O Projeto Judô nas Escolas começou em abril e a menina é aluna da Escola Municipal Ministro Carlos Santana. No dia seguinte o pai dela, o motorista Gilvanei Gonçalves, 34, procurou o colégio para saber mais detalhes. Outros pais fizeram o mesmo e a demanda foi maior que a oferta. São 125 crianças fazendo as aulas, nessa instituição, e 180 com os nomes no cadastro de reserva esperando por uma vaga.

“Minha filha está super empolgada e nós adoramos a proposta. É uma parceria entre escola, pais e professores muito interessante, porque Victória precisa ter boas notas para continuar no projeto, então, ela tem que se esforçar e estudar se quiser continuar. No meu tempo não tinha nada disso. Estamos oferecendo apoio e ela vai fazer enquanto quiser, e até seguir essa carreira se for da vontade dela”, contou o pai, orgulhoso.

Para participar é preciso ser estudante da rede municipal e ter média de notas acima de 7 pontos. Os detalhes foram apresentados pelo prefeito Bruno Reis, nesta terça-feira (14), em um evento na quadra do colégio. O gestor contou que o projeto é desenvolvido através de uma parceria, a Federação Baiana de Judô (Febaju) forneceu os equipamentos como kimonos e faixas, enquanto o poder público contratou os professores e cedeu o espaço.

“Além da prática esportiva, o projeto traz conteúdo educacional. Tenho certeza que esse vai contribuir de forma decisiva para influenciar no futuro dessas crianças. Ações como essa ajudam as crianças a terem disciplina, foco, respeitar a hierarquia e saber conviver com o próximo. É um projeto importantíssimo e vamos seguir ampliando na nossa rede municipal”, afirmou, enquanto retirava o kimono que recebeu de presente dos alunos.

Ele contou que o objetivo é alcançar diferentes regiões da cidade, por isso, a próxima escola contemplada será uma unidade da região de Pau da Lima. Victória é aluna do 5º ano e contou que está empolgada.

“Eu jogava futebol numa escolinha quando tinha de 8 para 9 anos, e gostava. O judô é um esporte diferente, mas estou adorando. Como a aula acontece no final da manhã, eu fico ansiosa para chegar logo o horário”, disse. A mãe contou que ela reproduz em casa os golpes que aprendeu com os professores.

Prefeito durante entrega de kimonos (Foto: Valter Pontes/ Secom)

Futuro
As aulas acontecem duas vezes na semana na quadra de esportes da escola. O campeão de judô, idealizador e coordenador do projeto, Maicon França, explicou que todo estudante de 4 a 17 anos da rede pública pode participar e que a coordenação está desenvolvendo turmas para atender também os alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

“É importante dizer que vim de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, de um projeto social e cresci no judô. A ideia de criar esse projeto é oferecer para essas crianças a mesma oportunidade que eu tive no judô, como cursar uma faculdade gratuita, conhecer outros países e se tornar um atleta ou professor, formando campeões no tatame da vida”, disse.

Os estudantes fizeram uma apresentação especial para o evento e os pais lotaram a arquibancada. A operadora de caixa Leila Monteiro, 40, era somente sorrisos. A filha dela, Ester Monteiro, 11, foi uma das mais animadas. Os movimentos eram reproduzidos a cada comando dos professores.

“Ela está adorando e eu também porque é uma atividade que está sendo gratificante para ela e que motiva as crianças a se interessarem por esporte. Soube do projeto na escola e não tive dúvidas em fazer a inscrição”, contou.

Os organizadores disseram que a proposta é de que a cada três meses os pais também participem das aulas. O objetivo é que o projeto ajude a formar atletas para as disputas profissionais de judô. 

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