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Com a Série D não combinam corações rubro-negros: Vitória vence, convence, e se afasta do Z4

Dias 2 de Julho, como o de hoje, não são datas à toa. Principalmente em Salvador. O Barradão e a torcida do Vitória sabiam da importância de vencer o jogo deste sábado e os gols de Rafinha e Luidy ainda no primeiro tempo foram como os gritos de independência que cravaram que a noite do dois de julho brilhou mais que a do primeiro e deu levantada no Vitória na tabela da Série C.

O jogo prometia ser um divisor de águas para Vitória e Figueirense, adversários da noite. Com os mesmos 12 pontos do Campinense, que abre a zona do rebaixamento, o Leão precisava vencer para continuar com chances de mirar o G8 da competição, ainda que a missão continue mais complicada. Mesmo sem encurtar o caminho para o G8, a certeza de se afastar do Z4 já era suficiente para entender o que erra necessário.

Do outro lado, o Figueirense queria se consolidar dentro do grupo dos melhores colocados da Série C. Logo aos 5 minutos, o Vitória deu o primeiro recado. Rafinha tentou tabela, a zaga foi afastar, mas deu mole e cortou errado. O artilheiro rubro-negro na Série C então subiu de cabeça e nem mesmo o soco do goleiro Wilson o impediu de abrir o placar. A bandeira até esboçou um erro grosseiro, mas a arbitragem confirmou o gol.

O Figueirense sentiu o gol e tentou marcar o gol de empate de qualquer maneira. O Vitória, por sua vez, aproveitava bem os espaços deixados por Rodrigão, que, se não foi perigoso nas finalizações, prendia a zaga catarinense para Luidy e Rafinha ameaçarem. E assim veio o segundo gol.

O camisa 9 puxou a marcação, que afundou junto com o homem-gol. A armadilha estava feita e Luidy aproveitou ao soltar a canhota aos 22 minutos e contar com uma noite rubro-negra de Wilson, que aceitou. 2×0 e o motivo perfeito para a torcida cantar ainda mais.

Lucas Arcanjo viveu uma rara noite tranquila no Barradão e os catarinenses deram sorte de não saírem de Salvador com uma sacola da histórica – assim como os portugueses saíram da Bahia há 199 anos.

Novamente aproveitando os espaços que criava, o Vitória arriscou de fora. Lazaroni soltou o pé aos 37 do primeiro tempo; Wilson buscou. O antigo camisa 1 da Toca ainda operou um milagre aos 42, fechando o primeiro tempo completamente vermelho e preto.

Na segunda etapa, o time de João Burse permitiu que o Figueirense tivesse mais a bola. Os números estatísticos até mentiram um pouco, com os catarinense com uma finalização a mais do que o Vitóra. Mera estatística: mal conseguiam ameaçar e sequer chutaram contra o gol do goleiro rubro-negro.

A redundância se faz necessária, portanto, e a vitória do Vitória elevou o rubro-negro para a 13ª colocação, com 15 pontos. Três a menos que o Aparecidense, que abre o G8 e ainda joga na rodada contra o ABC. Melhor: são três pontos a mais que o Ferroviário, que agora abre a zona de rebaixamento. 

No dia da Independência da Bahia, o Vitória teve um grito de liberdade e respira aliviado pelo menos até o próximo domingo (10), quando visita o São José. Até lá, fica a certeza de que tirania, Série D e corações rubro-negros não combinam. Assim seja.

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