Após quatro meses seguidos de resultados positivos, a produção industrial recuou 0,4% na passagem de maio para junho. Com isso, o setor acumula quedas de 2,2% no primeiro semestre deste ano e de 2,8% nos últimos 12 meses. O resultado mantém o setor em um patamar 1,5% abaixo do nível pré-pandemia. Já a distância do nível recorde alcançado em maio de 2011 agora é de 18%.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, que traduz o comportamento das indústrias extrativa e de transformação, divulgada nesta terça-feira pelo IBGE.
De acordo com o gerente do levantamento, André Macedo, o resultado negativo reflete tanto as dificuldades que o setor enfrenta, quanto fatores econômicos, como a precarização do mercado de trabalho.
Avaliando as atividades pesquisadas, a maior influência negativa veio do setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que recuou 14,1% em junho, depois de ter acumulado alta nos meses anteriores.
Outro impacto importante veio do segmento de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com resultado de menos 1,3%. Já no campo positivo, chama a atenção o crescimento de 6,1% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias e de 1,9% nas industrias extrativas.
Economia Rio de Janeiro 02/08/2022 – 11:58 Paula de Castro Ribeiro / Guilherme Strozi Tâmara Freire – Repórter da Rádio Nacional produção industrial inflação IBGE terça-feira, 2 Agosto, 2022 – 11:58 141:00