A campanha do ex-presidente Lula decidiu, em reunião na terça-feira (6/9), lançar uma ofensiva para tentar uma vitória do petista contra Jair Bolsonaro já no primeiro turno das eleições deste ano.
A estratégia envolve convencer eleitores que hoje dizem votar na senadora Simone Tebet (MDB) e, principalmente, no ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) a votarem em Lula já no primeiro turno.
A forma como buscar o “voto útil” dos eleitores de Ciro, no entanto, tem dividido a campanha petista. Enquanto uma ala defende adotar um tom mais agressivo, outro grupo prega que é preciso uma abordagem “positiva”.
Na reunião de terça, lideranças como a presidente do PCdoB, Luciana Santos, sugeriram evitar ataques diretos a Ciro. Para a dirigente, o foco deve ser na mensagem de que o voto útil tira Bolsonaro do segundo turno.
Na avaliação dessa ala da campanha de Lula, o argumento deve ser o de que a ida do atual presidente ao segundo turno pode ser um “risco à democracia”, ao facilitar possíveis questionamentos dele ao resultado das eleições.
Outros integrantes da coordenação de campanha, porém, defendem que Lula deve abandonar a tática de poupar Ciro e partir para o ataque contra o presidenciável do PDT, caracterizando-o como um “neonolsonarista”.
A ofensiva pela vitória de Lula no primeiro turno prevê ainda outras estratégias. Entre elas:
Aumentar o tom dos ataques a Bolsonaro; Priorizar os três maiores colégios eleitorais (SP, MG e RJ); Ampliar a distribuição de material de campanha nos estados. O post Estratégia por “voto útil” do eleitor de Ciro racha campanha de Lula apareceu primeiro em Metrópoles.