Observadores internacionais avaliaram as eleições de 2022 no Brasil como “seguras e confiáveis”, a partir da análise do primeiro turno, realizado nesse domingo (2/10). Os representantes fazem parte da rede de observação eleitoral formada por países de língua portuguesa.
A informação foi confirmada em relatório divulgado nesta segunda-feira (3/10), em coletiva de imprensa no hotel Windsor Plaza, em Brasília (DF).
“A eleição brasileira revelou-se segura, confiável e não suscitou reclamações, nem foram observados procedimentos suscetíveis de pôr em causa a transparência e a veracidade das eleições”, declarou o porta-voz João Manuel Rosa de Almeida.
Além de Almeida, membro titular da Comissão Nacional de Eleições e porta-voz da Missão de Observação Eleitoral da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Rojae-CPLP); também participou do evento o membro titular da Comissão Nacional Eleitoral de Angola, João Damião, chefe da Missão de Observação Eleitoral da Rojae-CPLP.
Esta é a primeira vez que a rede acompanha as eleições brasileiras. Participam 14 representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
“Tendo em conta a observação e as informações que tiveram acesso, [os observadores] consideram que as eleições, do ponto de vista organizacional, decorreram fundamentalmente em conformidade com os preceitos legais e satisfizeram os requisitos internacionais”, completou.
Leia o relatório na íntegra:
Declaração Preliminar da Missão de Observação Eleitoral-ROJAE-CPLP by Ana Flávia Castro on Scribd
2º turno Questionado sobre uma eventual observação do segundo turno do pleito, marcado para 30 de outubro, Almeida disse, com bom humor, que a resposta depende do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Nós não viemos cá invadir o Brasil para ver se está tudo certo. Porém, eu ouvi que existe a ideia de convidar-nos. Isso depende da formalização do convite” frisou.
Neste ano, o TSE contou com um recorde no número de Missões de Observação Eleitoral (MOEs) internacionais. Para o pleito de 2022, sete redes estrangeiras acompanharam o procedimento. A novidade também é na implementação inédita de MOEs nacionais.
Elas abrangem o acompanhamento e a avaliação das eleições, de forma independente, por entidades, organizações da sociedade civil ou instituições de ensino superior devidamente credenciadas pelo TSE.
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