A blogueira Roanichan Nahabedian Padilha, 28 anos, e o namorado, Philippe Ojeda Farias, 30, suspeitos de envolvimento na morte do empresário Roberto Neri Franco Lopo, 57 anos, em uma pousada, no bairro de Amaralina, em Salvador, foram postos em liberdades um mês após o crime.
O casal foi preso no último dia 22 de setembro, em Minas Gerais, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A dupla estava sendo monitorada e tentava fugir para uma cidade do interior mineiro, mas foram flagrados e tiveram o mandado de prisão cumprido na cidade de João Monlevade.
Os dois estavam detidos em caráter temporário por 30 dias, cujo prazo expirou na última sexta-feira, no dia 21 de outubro. A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado (MP-BA) chegaram a solicitar a prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias, mas o pedido foi negado pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza Matos, que acompanha o caso.
Segundo a magistrada, a decisão foi baseada nos fatos dos dois serem réus primários e de comprovarem, documentalmente, residência fixa, além de terem se comprometido a colaborar com as investigações.
Relembre o caso
No dia 19 de setembro, o empresário Roberto Neri Franco Lopo, de 57 anos, foi encontrado sem vida e com um ferimento, dentro de um quarto na pousada Mar Aberto, em Amaralina. A vítima estava acompanhada de um casal, que fugiu após o crime.
Amigos próximos ao empresário apontaram que o assassinato se tratava de um golpe. A suspeita é que Roberto tenha ido ao local para fazer atendimento como hipnoterapeuta e caiu em uma armadilha articulada pelo casal para aplicar o “golpe do pix” – quando criminosos prendem a vítima e a obrigam a transferir dinheiro.
Outra suspeita é que Roberto teria ido ao local para se encontrar com uma mulher. Amigos não negam a possibilidade, mas desconfiam da versão, dado que a vítima era casada e geria, com a mulher, a imobiliária GP Salvador Imóveis LTDA. O casal estava junto há mais de 15 anos.
“Ele se mostrava bastante fiel e tinha uma relação muito íntegra. Desconheço qualquer possibilidade de se relacionar fora do casamento, ainda mais com uma prostituta. Ele tinha muitas habilidades, fazia hipnoterapia e normalmente atendia gratuitamente. Como era empresário, ele fazia muito de forma caridosa”, afirmou o empresário Marco Medeiros, amigo da vítima. Ele ainda ressalta que Roberto praticava boxe e karatê, tendo habilidades de defesa.