O jogo de abertura da Copa do Mundo de 2022, entre Catar e Equador, chamou a atenção pela ‘frieza’ do público local. Enquanto os equatorianos cantavam e pulavam, os cataris ficaram boa parte da partida sentados, com um comportamento bem mais quieto. Segundo o site árabe Trends, isso tem explicação: eram torcedores ‘fakes’.
O portal revelou que o país anfitrião contratou meninos e meninas de países árabes, como o Líbano, pelo valor de US$ 800 (cerca de R$ 4.304) para torcerem pela seleção local. De acordo com a publicação, havia duas condições para que os jovens fossem aprovados: que tivessem passaporte válido e ao menos três doses de vacina da covid-19.
A equipe de reportagem do Trends disse que alguns libaneses foram recrutados pela principal academia de esportes do Catar para bater palmas e segurar bandeiras do país-sede durante os jogos da Copa do Mundo.
Ainda segundo o site, os voos de Beirute para Doha e o retorno seriam pagos pelos organizadores, assim como a hospedagem, a alimentação e o transporte local. Além disso, cada jovem receberia US$ 800 – ou cerca de R$ 4.304.
O portal afirmou ter obtido cópias das cartas de convite e dos bilhetes de passagem do grupo reservados em uma empresa aérea do Catar, com voos partindo do Líbano no dia 16 de outubro, com retorno para Beirute no dia 1º de dezembro. A contratação, portanto, seria válida apenas para a fase de grupos, já que as oitavas de final começam no dia 3 de dezembro.
A reportagem ainda afirmou que uma das jovens ouvidas disse que seu grupo passou por um “programa de treinamento” para bater palmas e torcer por times de futebol. Esses treinos consistiriam em como e quando bater palmas, além de quais gritos seriam válidos cantar na arquibancada.
Segundo o Trands, a equipe de reportagem entrou em contato com a Aspire Academy, do Catar, para entender melhor a contratação dos ‘líderes de torcida’ pagos, mas que não obteve resposta.