Governador de Minas Gerais pontuou que a direita radical foi minoria durante as manifestações de 8 de janeiro, reforçou discurso de que houve infiltrados e defendeu o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
Gil Leonardi – Imprensa MG
Romeu Zema (Novo) foi reeleito governador de Minas Gerais em outubro de 2022
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), concedeu uma entrevista nesta segunda-feira, 16 e opinou sobre os atos de vandalismo que ocorreram durante o dia 8 de janeiro em Brasília, no Distrito Federal, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. De acordo com o político mineiro, o governo federal fez “vista grossa” sobre os atos de violência para que pudesse sair como “vítima“. “Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, afirmou o chefe do Executivo estadual mineiro. Com o discurso de que houve “minoria” de manifestantes radicais no episódio de invasão à sede dos Três Poderes, o governador endossa a retórica de que houve “infiltrados” nos atos, já que, segundo o político, a manifestação encontrava-se de “forma pacífica” até certo momento. “Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, completou. Zema também defendeu o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e afirmou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em afastá-lo do cargo foi “prematura, desnecessária e injusta”.