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Guia da Copa do Nordeste: veja tudo sobre os times e a competição

Vai começar a Copa do Nordeste! O maior torneio regional do Brasil entra em sua 20ª edição a partir deste sábado (21), com finais, em sistema de ida e volta, marcadas para os dias 19 de abril e 3 de maio. Ao todo, 16 times vão batalhar pela Orelhuda, como é conhecida, carinhosamente, a taça.

Aliás, falando no troféu, a Lampions quebra um recorde em 2023: é a edição com o maior número de campeões presentes na fase de grupos, com oito. De todos que faturaram o título, só um está ausente: o América-RN (1998).

É a primeira vez que isso acontece desde 2019, quando o Nordestão passou a ter oito vencedores – o primeiro título do Sampaio Corrêa veio em 2018. Cinco campeões estavam na disputa naquele ano: a própria Bolívia Querida, além de Santa Cruz, Vitória, Ceará e Bahia. Ao fim da edição, o Fortaleza se tornou o nono time a levantar a Orelhuda.

Mas, mesmo nas edições seguintes, a Lampions nunca chegou a ter oito campeões presentes. Em 2020, eram seis, sem América-RN, Campinense e Sampaio Corrêa. No ano seguinte, sete dos nove vencedores competiram – mais uma vez, América-RN e Campinense ficaram de fora. E, em 2022, Vitória, América-RN e Santa Cruz não se classificaram.

Com tantos campeões na disputa, a Lampions promete grandes emoções. E está recheada de clássicos. Como o Ba-Vi, que volta a acontecer após o hiato no ano passado. Em 2022, o Vitória disputou a etapa preliminar da competição, mas caiu para o Botafogo-PB e não chegou até a fase de grupos. Neste ano, o Leão foi mais uma vez para o pré-Nordestão, mas se deu bem: venceu o Cordino (2×1) e Jacuipense (1×0) e se classificou.

Com o retorno do rubro-negro, o Ba-Vi está garantido na Copa do Nordeste. O duelo acontecerá pela 6ª rodada da competição, na Arena Fonte Nova. A data ainda será confirmada pela CBF, mas a partida está prevista para o dia 4 (sábado) ou 5 (domingo) de março.

Bahia e Vitória, aliás, não são os únicos representantes do estado. O Atlético de Alagoinhas está mais uma vez no páreo, após se sagrar bicampeão do Campeonato Baiano no ano passado. O Carcará encara o Esquadrão no dia 17 de fevereiro, às 21h, no Carneirão. Um duelo contra o Leão não acontecerá na fase de grupos, já que os dois times estão na mesma chave (entenda abaixo).

Fluminense-PI e CSA serão os responsáveis pela abertura da Copa do Nordeste, às 15h30 deste sábado (21), no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina. Em seguida, às 17h30, é a hora do primeiro baiano estrear na competição: o Vitória, que enfrentará o Santa Cruz no Barradão.

Atlético de Alagoinhas e Bahia só entrarão em campo no dia seguinte, no domingo (22). O Carcará recebe o Náutico no Carneirão às 16h, enquanto o Esquadrão visita o Sampaio Corrêa no Castelão às 19h.

Formato e tabela

A fase de grupos da Copa do Nordeste seguirá a mesma fórmula dos últimos anos. As 16 equipes classificadas foram divididas em duas chaves de oito times, cada. Os clubes do grupo A enfrentam os presentes no grupo B, em turno único, nas oito rodadas da etapa.

É por essa regra que Atlético de Alagoinhas e Vitória não medem forças na fase de grupos. Os dois estão presentes na chave A, que também tem CRB, Ferroviário, Fluminense-PI, Fortaleza, Sampaio Corrêa e Sport. Já o Bahia está no grupo B, que conta ainda com ABC, CSA, Campinense, Ceará, Náutico, Santa Cruz e Sergipe.

Os dois grupos da Copa do Nordeste 2023
(Foto: Copa do Nordeste/Divulgação)

Os quatro primeiros colocados de cada chave avançam às quartas de final. Elas serão disputadas em jogo único e estão previstas para 25 ou 26 de março. Cada classificado enfrenta um rival do mesmo grupo:

  • 1º do A x 4º do A
  • 2º do B x 3º do B
  • 1º do B x 4º do B
  • 2º do A x 3º do A

Os vencedores avançam à semifinal, também em partida única, só que contra uma equipe que foi da chave oposta. Esta etapa deve acontecer no dia 28 ou 29 de março. Só a final é em dois jogos, com ida (19 de abril) e volta (3 de maio).

Transmissão

A Copa do Nordeste 2023 terá transmissão tanto em canais de televisão quanto pela internet. Pela TV aberta, quem exibe as partidas é o SBT – no caso da Bahia, será via TV Aratu.

Na TV fechada, a transmissão dos duelos será responsabilidade da ESPN. Além disso, haverá uma opção de pay-per-view na TV por assinatura: Nosso Futebol Copa do Nordeste, parceria dos serviços de streaming DAZN e DirectTV GO, com as operadoras SKY e Claro. 

Como chegam os times?

Grupo A

Atlético de Alagoinhas

Bicampeão do Campeonato Baiano, o Atlético de Alagoinhas vai para sua segunda participação na fase de grupos da Copa do Nordeste. A estreia foi no ano passado, e o Carcará fez bonito: ficou em 4º da chave A e se classificou para as quartas de final. Mas parou por ali: foi eliminado pelo Fortaleza – que depois se sagrou campeão – após derrota por 5×1.

Neste ano, o plano é fazer uma campanha similar, ou até melhor. No Baianão, o Atlético ocupa, até aqui, a 3ª colocação, com quatro pontos somados em três jogos: uma vitória (4×0 sobre o Bahia de Feira), um empate (1×1 com Barcelona de Ilhéus) e uma derrota (2×1 para o Bahia). O aproveitamento é de 44%.

A equipe é comandada pelo Agnaldo Liz, treinador responsável pelos dois títulos do Baianão. No elenco, estão nomes como Van, Juninho, Leandro Sobral, Nickson e Gustavo Custódio.

Atlético de Alagoinhas tem jogadores como Van e Leandro Sobral no elenco
(Foto: Reprodução/Instagram)

CRB

O CBR foi o campeão do Campeonato Alagoano no ano passado, e chegou até as semifinais do Nordestão – parando no Sport, por 3×1. Mas não fez uma campanha muito boa na Série B, e terminou só na 11ª posição.

Ao fim da competição nacional, o Galo anunciou o técnico Umberto Louzer, e investiu em reforços: foram anunciados 13 até aqui, incluindo três nomes que estavam no Bahia: o lateral-esquerdo Luiz Henrique, o volante Lucas Falcão e o atacante Copete.

Apesar do alto número de contratações, uma base do time de 2022 foi mantida, incluindo o goleiro Diogo Silva, zagueiro Gum, o volante Juninho Valoura e os atacantes Emerson Negueba e Anselmo Ramon. 

Na temporada, o CBR tem 100% de aproveitamento após dois jogos, ambos pelo Alagoano: vitórias por 2×1, sobre o Cruzeiro-AL, e por 3×1, sobre Desportivo Aliança.

Ex-Bahia, Copete foi anunciado pelo CRB
(Foto: Francisco Cedrim/CRB)

Ferroviário

O Ferroviário trouxe alguns reforços para a temporada 2023. A contratação mais badalada foi a do atacante Ciel, que será a principal referência do time no ataque. O jogador, aliás, já mostrou a que veio: marcou um hat-trick na goleada por 4×0 sobre o Barbalha, pela primeira rodada do Campeonato Cearense. Outro nome conhecido é o atacante Thiaguinho, ex-Vitória e Atlético de Alagoinhas.

Sob o comando de Paulinho Kobayashi, o Ferrão foi um dos times que passaram pelo pré-Nordestão, assim como Vitória, Santa Cruz e CSA. Para chegar até a fase de grupos, o Ferroviário teve duas vitórias nos pênaltis: 4×3 sobre ASA, após empate em 1×1; e 5×4 sobre o Confiança, depois de um 0x0 no tempo regulamentar. Além disso, a equipe fez uma partida pelo Cearense, e goleou: 4×0 sobre o Barbalha. O aproveitamento na temporada é de 55%.

Ciel é a contratação de maior destaque do Ferroviário
(Foto: Lenilson Santos/Ferroviário)

Fluminense-PI

Para a temporada 2023, o Fluminense-PI aposta em uma mistura de experiência com renovação. Por um lado, o time manteve jogadores experientes e considerados pilares do elenco campeão do Piauiense em 2022. Entre eles, estão o zagueiro Lucão, o lateral-direito Gean e os meias Janeudo, Pio e Bismarck.

Por outro, a equipe também está recheada de pratas da casa, assim como novas contratações. Um dos reforços é o atacante piauiense Augusto, que tem passagens por times como Campinense, Santa Cruz e ABC. No comando do Vaqueiro, está Eduardo dos Santos, ex-jogador da equipe. 

Na temporada, o Fluminense-PI entrou em campo três vezes, todas pelo Campeonato Piauiense. São duas vitórias, sobre Comercial (1×0) e Corisabbá (2×1) e um empate, por 2×2 com o Parnahyba, um rendimento de 77%. Outras duas vitórias já são certas: o Ferroviário-PI desistiu de disputar o estadual, e o Fluminense-PI ganhou mais seis pontos por causa do W.O.

Eduardo dos Santos é o técnico do Fluminense-PI
(Foto: Weslley Douglas/Fluminense-PI)

Fortaleza

O Fortaleza chega com o status de favorito ao título do Nordestão. Afinal, é o atual campeão regional, além de ser um dos únicos dois representantes da Série A – ao lado do Bahia. Vencedor também em 2019, o Leão do Pici chega mais uma vez forte, e empolgado na busca pelo tri.

Um dos destaques da equipe é a manutenção do técnico Juan Pablo Vojvoda. O time ainda se reforçou bem para a temporada, trazendo alguns nomes conhecidos. Entre eles, Yago Pikachu, que retorna após curta passagem pelo futebol japonês, o lateral-esquerdo Bruno Pacheco e o goleiro João Ricardo, ambos ex-Ceará. 

O Fortaleza já disputou dois jogos em 2023, com duas vitórias: 2×0 sobre Iguatu e 1×0 sobre o Caucaia. O rendimento é de 100%.

Pikachu está de volta ao Fortaleza
(Foto: Mateus Lotif/FEC)

Sampaio Corrêa

Campeão em 2018, o Sampaio Corrêa quer o bi regional. E vem para a temporada 2023 embalado, como o atual tricampeão do Campeonato Maranhense. Mas, neste ano, está sob novo comando: saiu Léo Condé, que não quis permanecer, e chegou Felipe Conceição.

Por outro lado, a equipe é composta por boa parte do elenco de 2022, principalmente no sistema defensivo. O goleiro Luiz Daniel, o zagueiro Alan Godói e o lateral-esquerdo Pará são alguns dos jogadores que eram titulares no ano passado e foram mantidos. Assim como Rafael Vila, camisa 10 da Bolívia Querida.

Na temporada, o Sampaio Corrêa tem 100% de aproveitamento, e se prepara para disputar a semifinal do Maranhense. O time avançou após ganhar do IAPE (1×0), Chapadinha (2×0) e Pinheiro (2×0).

Goleiro Luiz Daniel é um dos remanescentes de 2022
(Foto: Ronald Felipe/SCFC)

Sport

Atual vice-campeão da Copa do Nordeste, o Sport tem, na edição 2023, um velho conhecido no comando: Enderson Moreira, que tem passagens pelo Bahia, Ceará e Fortaleza. O treinador, aliás, fez parte da campanha vitoriosa do Vovô em 2020. Mas não era o técnico na reta final da competição. Isso porque ele pediu para sair do clube em março daquele ano, sendo substituído por Guto Ferreira.

No elenco, o principal destaque é Vagner Love. O atacante foi artilheiro do clube no ano passado, com sete gols na Série B. O Sport, inclusive, não conquistou o acesso para a elite do Brasileirão. Mais uma vez na Segundona, o clube manteve uma base do time para 2023, além de ter contratado algumas peças como o meia Jorginho e o goleiro Renan.

O Sport já entrou em campo três vezes no ano, todas pelo Pernambucano. O time soma duas vitórias (2×0 sobre Petrolina e 2×1 sobre Salgueiro) e um empate, com Maguary (1×1). O aproveitamento é de 77%.

Vagner Love é o destaque do elenco do Sport
(Foto: Rafael Bandeira/SCR)

Vitória

Dono de quatro* títulos do Nordestão, o Vitória está de volta à fase de grupos após um ano de hiato. Se não conseguiu se classificar para a edição 2022, quando caiu nas eliminatórias, a história em 2023 vem sendo diferente: eliminou Cordino (2×1) e Jacuipense (1×0) e está na briga por mais um troféu. 

Neste retorno, o rubro-negro quer retomar o protagonismo na região. Apesar de ser um dos maiores campeões, o Vitória não leva a Orelhuda desde 2010. Para quebrar esse jejum, apostou em peças conhecidas do futebol nacional, como o centroavante Léo Gamalho, principal contratação neste início de temporada, além do atacante Osvaldo, ex-São Paulo, Fluminense e Fortaleza.

Há também remanescentes da campanha que conquistou o acesso para a Série B em 2022, como Rafinha, Tréllez e Dalton. O técnico João Burse também ficou no comando da equipe.

Apesar das novas peças – e da classificação para a fase de grupos do Nordestão -, o Vitória vem fazendo uma campanha aquém do esperado no Campeonato Baiano. Em três jogos, o Leão só somou um ponto e, até aqui, ocupa a 9ª colocação. O time vem de um empate em 1×1 com Bahia de Feira, na estreia, e duas derrotas em sequência, para Itabuna, por 4×1, e Juazeirense, por 3×1. No total, o aproveitamento na temporada é de 46%.

*O Vitória se proclama pentacampeão, porque inclui na soma o Troféu José Américo de Almeida Filho de 1976, que teve caráter regional. No entanto, pela Copa do Nordeste, torneio cuja primeira edição foi disputada em 1994, o rubro-negro tem quatro títulos.

Léo Gamalho é a principal contratação do Vitória neste início de temporada
(Foto: Pietro Carpi/EC Vitória)

Grupo B

ABC

Vice-campeão da Copa do Nordeste em 2010, o ABC não quer ser apenas um participante em 2023. Embalado com a conquista do acesso à Série B – foi vice da Série C passada – e do título do Campeonato Potiguar, o Alvinegro está de olho, ao menos, na segunda fase. 

Para a atual temporada, o clube renovou com o técnico Fernando Marchiori e com jogadores titulares de 2022, como o zagueiro Richardson, o volante Wellington Reis e o atacante Fábio Lima.

Outro destaque é o camisa 10 Allan Dias, que retornou após 9 meses afastado por lesão. Em sua primeira partida como titular no ano, ele anotou um hat-trick e comandou a vitória por 3×0 sobre o Globo FC, na última quarta-feira (18). Na temporada, o ABC soma ainda uma vitória, na goleada por 4×0 sobre o Força e Luz, e um empate sem gols com o América-RN. Somando os três jogos, o aproveitamento é de 77%.

Allan Dias fez hat-trick nesta semana
(Foto: Rennê Carvalho/ABC)

Bahia 

Um dos maiores campeões da Copa do Nordeste, com quatro títulos, o Bahia chega à edição 2023 empolgado. Na temporada passada, conquistou o acesso à Série A do Brasileirão. Além disso, vendeu 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Grupo City, e o novo comando está dando as caras.

O Esquadrão já anunciou 12 reforços, somando mais de R$ 30 milhões na aquisição de novos jogadores. Entre eles, está o lateral-esquerdo Jhoanner Chávez, a contratação mais cara da história do futebol nordestino: R$ 18 milhões, aproximadamente. Outros destaques entre as novidades são os atacantes Biel, Everaldo e Kayky, e o lateral Cicinho.

Há ainda alguns remanescentes do ano passado na equipe, como o goleiro Danilo Fernandes e o meia Ricardo Goulart.

Treinado pelo português Renato Paiva, o Bahia ocupa a liderança do Baianão, com 100% de aproveitamento até aqui. O Esquadrão acumula três triunfos, sobre Juazeirense (3×1), Jacuipense (1×0), e Atlético de Alagoinhas (2×1).

Chávez foi contratado por, aproximadamente, R$ 18 milhões
(Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)

CSA

O CSA foi um dos times que vieram da pré-Copa do Nordeste, ao lado do Vitória, Santa Cruz e Ferroviário. Para chegar até a fase de grupos, o Azulão primeiro passou por Potiguar de Mossoró nas eliminatórias, com triunfo por 2×1. Em seguida, bateu o América-RN por 5×4 nos pênaltis, depois de um empate sem gols no tempo regulamentar.

Em 2023, o clube busca se reinventar, depois de um 2022 péssimo. O time foi rebaixado da Série B para a terceira divisão, e viu o presidente Omar Coêlho renunciar em dezembro.

Para se adequar à nova realidade financeira, o CSA teve que fazer uma reformulação no elenco, com mais de 13 jogadores já anunciados. Entre eles, Tomas Bastos, ex-Botafogo, e Guilherme Rend, ex-Vitória. No comando da equipe, está o técnico Roberto Fonseca, de 60 anos.

No ano, o CSA entrou em campo quatro vezes. Além das duas partidas pelo pré-Nordestão, disputou outros dois jogos pelo Alagoano, com empate em 0x0 com ASA e derrota por 1×0 para CSE. O aproveitamento é de 41%.

Ex-Vitória, Guilherme Rend está no elenco do CSA
(Foto: Morgana Oliveira/CSA)

Campinense

Campeão em 2013, o Campinense começa a Copa do Nordeste em um momento turbulento. O técnico Flávio Araújo, que estava na equipe desde julho do ano passado, foi demitido no dia 13 de janeiro. Ele havia sido contratado para tentar livrar o time do rebaixamento na Série C. Não conseguiu: a equipe ficou na lanterna da competição e caiu para a quarta divisão.

Na mesma data, o clube anunciou Leston Júnior. O novo treinador só esteve à frente da Raposa em um jogo até aqui. A estreia aconteceu logo em um clássico, contra o Botafogo-PB. O Campinense chegou a ver o placar marcar 2×0 para o rival, mas buscou o empate em 2×2.

Antes, ainda sob o comando de Flávio Araújo, o Campinense teve uma vitória, sobre Queimadense (1×0), e uma derrota, para São Paulo Crystal (2×1), um rendimento de 44% no ano.

Para o seguimento a temporada, o elenco também terá algumas mudanças. Nos últimos dias, o volante Thalison, o meia Dieguinho e o zagueiro Wendel foram desligados por opção da diretoria. Por outro lado, o zagueiro William, que tem passagens por Goiás e Santa Cruz, é um dos reforços, assim como o lateral-direito Gustavo Cascardo, ex-Botafogo e Athletico-PR.

Técnico Leston Júnior foi contratado pelo Campinense há menos de 10 dias
(Foto: Samy Oliveira/Campinense)

Ceará

Dono de dois títulos da Copa do Nordeste (2015 e 2020), o Ceará chega para a 2023 querendo esquecer o ano passado. Na temporada 2022, o Vovô acumulou alguns insucessos, incluindo a queda para a Série B. Na Lampions, até avançou ao mata-mata, mas caiu nas quartas de final para o CRB, nos pênaltis.

Na busca pelo recomeço, o time passou por reformulação, com várias peças deixando o elenco. Entre eles, os laterais Nino Paraíba, ex-Bahia, e Bruno Pacheco, que foi para o rival Fortaleza. Por outro lado, o Vovô anunciou algumas contratações, como os laterais Danilo Barcelos e Willian Formiga, o atacante Chay e o goleiro Aguilar.

Já o meia Vina foi mantido, e seguirá como a referência técnica da equipe. No comando, está o paraguaio Gustavo Morínigo.

O Ceará fez um jogo só em 2023 e atropelou: 5×0 sobre o Guarani de Juazeiro, pelo estadual. Com isso, tem aproveitamento de 100%.

Atacante Chay é um dos reforços do Ceará em 2023
(Foto: Felipe Santos/Ceará SC)

Náutico

O Náutico é mais um time que chega à temporada 2023 rebaixado: caiu da Série B para a Terceira Divisão do Brasileiro. Depois da queda, passou por grande restruturação de elenco e, do time que disputou a Segundona em 2022, apenas Victor Ferraz, Souza e Anílson permaneceram, além dos jogadores pratas da casa.

Além deles, o técnico Dado Cavalcanti ganhou uma nova oportunidade. O comandante teve o contrato renovado, inclusive, até o final do Brasileiro. O técnico, aliás, tem passagens pelo Bahia e Vitória, e indicou Gabriel Santiago, com quem trabalhou no Leão, para o Náutico.

O Timbu acumula duas vitórias (2×0 sobre Caruaru City e sobre Belo Jardim), um empate (3×3 com o Santa Cruz) e uma derrota (2×1 para o Central), todos pelo Pernambucano. O aproveitamento é de 58%.

Com passagens por Bahia e Vitória, Dado Cavalcanti é o técnico do Náutico
(Foto: Tiago Caldas/CNC)

Santa Cruz

O Santa Cruz tinha como principal objetivo em 2022 retornar à Série C. Passou da primeira e da segunda fase, mas, nas oitavas, foi eliminado pelo Tocantinópolis e permaneceu na Quarta Divisão. O clube fez algumas reformulações para 2023, e trouxe nomes como o centroavante Michel Douglas, o meia Anderson Paraíba e o goleiro Matheus Inácio. 

Já o volante Arthur Santos e o atacante Hugo Cabral, principais jogadores no ano passado, permaneceram. No comando, está Ranielle Ribeiro, técnico campeão do Pernambucano por Campinense e ABC. 

A Cobra Coral foi mais um time que chegou à fase de grupos via pré-Nordestão, ao lado de Vitória, CSA e Ferroviário. O Santa Cruz bateu o Caucaia por 2×0 e, em seguida, eliminou o Botafogo-PB, por 2×1.

O time também disputou três jogos pelo Pernambucano, e todos terminaram empatados: 1×1 com Afogados, 3×3 com o Náutico e 0x0 com Porto. Somando as duas competições, o aproveitamento é de 60%.

Santa Cruz foi mais um time a passar por reformulação de elenco para 2023
(Foto: Evelyn Victoria/SCFC)

Sergipe

O ano passado foi de altos e baixos para o Sergipe. O time foi bicampeão estadual, mas pouco fez nas competições nacionais e no Nordestão. Na Lampions, a equipe alvirrubra amargou a lanterna do Grupo A, com apenas um ponto somado em oito jogos disputados. Também não se classificou ao mata-mata da Série D e caiu na primeira fase da Copa do Brasil após sofrer 5×0 do Cruzeiro.

Para 2023, a esperança é de uma temporada menos turbulenta. No estadual, tem 100% de aproveitamento, com duas vitórias em dois jogos: 1×0 sobre Dorente e sobre Estanciano. A equipe é comandada pelo técnico Rafael Jacques, e tem nomes como o centroavante Igor Bahia e o atacante Ronan, ex-Vitória e Atlético de Alagoinhas.

Ronan é um dos jogadores no elenco do Sergipe
(Foto: Antônio Soares/CSS)

Cotas

O aspecto financeiro é sempre um atrativo para os participantes. Neste ano, a fase de grupos irá distribuir R$ 34,8 milhões ao todo. Os valores, porém, não são iguais para todos os clubes. Isso acontece porque as cotas são divididas de acordo com o ranking da CBF.

O Bahia está presente no subgrupo 1, ao lado de Fortaleza, Ceará e Sport. Os quatro recebem mais dinheiro na fase de grupos da competição: R$ 3,2 milhões, cada. O valor é aproximadamente 67% maior do que em 2022, quando o quarteto levou R$ 1,910 milhão.

Os demais potes também irão receber mais dinheiro. Os times do subgrupo 2 levarão R$ 2,4 milhões, um aumento de R$ 935 mil. Entre as equipes, está o Vitória, ao lado de CRB, CSA e Sampaio Corrêa. Já o Atlético de Alagoinhas está no subgrupo 4, que será beneficiado por um valor milionário pela primeira vez: R$ 1,2 milhão.

A partir do mata-mata, os valores da Copa do Nordeste são os mesmos para todos os times e, a cada classificação, as premiações são acumuladas.

Atual campeão, o Fortaleza ganhou R$ 3,56 milhões durante a campanha em 2022. O Bahia, que está no mesmo subgrupo, pode receber R$ 6,4 milhões se for o vencedor. Seria a maior premiação total na história da competição regional. O Vitória, se levar a Orelhuda para casa, receberia R$ 5,6 milhões. Já o Atlético de Alagoinhas, caso seja campeão, fica com R$ 4,4 milhões.

Os 12 eliminados na fase preliminar, aliás, também tiveram direito a uma cota. Os times que se despediram na 1ª fase (Altos, ASA, Caucaia, Cordino, Moto Club, Potiguar, Retrô e Sousa) ganharam R$ 120 mil. Já os quatro desclassificados na 2ª fase (Jacuipense, Confiança, América-RN e Botafogo-PB), saíram com R$ 180 mil.

Fase de grupos (divisão através do Ranking Nacional de Clubes):

  • Pote 1 (Fortaleza, Bahia, Ceará e Sport) – R$ 3,2 milhões (aumento de R$ 1,29 milhão);
  • Pote 2 (Vitória, CRB, CSA e Sampaio Corrêa) – R$ 2,4 milhões (aumento de R$ 935 mil);
  • Pote 3 (Náutico, Santa Cruz, ABC e Ferroviário) – R$ 1,9 milhão (aumento de R$ 610 mil)
  • Pote 4 (Campinense, Sergipe, Atlético de Alagoinhas e Fluminense-PI) – R$ 1,2 milhão (aumento de R$ 560 mil)

Cotas no mata-mata do Nordestão 2023:

Quartas de final: R$ 500 mil (aumento de R$ 200 mil)
Semifinal : R$ 700 mil (aumento de R$ 350 mil)
Vice: R$ 1,3 milhão (aumento de R$ 800 mil)
Campeão: R$ 2 milhões (aumento de R$ 1 milhão)

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