O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz, nesta segunda-feira, 30. Os chefes de Estado devem discutir pelo menos dois assuntos importantes, o Fundo da Amazônia e o livre mercado entre a União Europeia e o Mercosul. O encontro deverá ocorrer no período da tarde, no Palácio do Planalto. A segurança do local já foi reforçada para receber o chefe de Estado da Alemanha. Além do Brasil, Scholz já esteve na Argentina e no Chile no final de semana. Ele viaja com 11 empresários alemães interessados na reabertura de mercados com a América Latina. No último sábado, 28, Scholz disse querer acelerar a conclusão do acordo entre os blocos econômicos. Em entrevista a jornalistas durante sua passagem pela Argentina, ele afirmou ver “grande potencial” no acordo: “As possibilidades que podem advir do acordo UE-Mercosul são obviamente particularmente significativas”, falou.
Segundo a agenda oficial do presidente Lula, os eventos voltados para o político alemão terão início às 15h30, no horário de Brasília, e devem se estender até a noite. Inicialmente, ocorrerá uma cerimônia oficial para recepção do chanceler, seguido do encontro bilateral entre ele e o presidente do Brasil. Na sequência, uma nova reunião deve incluir os 11 empresários que acompanham a viagem do líder alemão. Um momento dedicado a declarações dos líderes à imprensa está programado para as 18h30, antes de um jantar que será dedicado a Scholz, às 19h30.
Lula também já declarou seu apoio à formalização do acordo UE-Mercosul: “É urgente e necessário que o Mercosul faça o acordo com a União Europeia. […] Nós vamos intensificar as discussões com a União Europeia e firmar esse acordo para que a gente possa discutir apenas um possível acordo entre China e Mercosul. E eu acho que é possível”, declarou Lula. No momento, o Uruguai vem se aproximando de forma individual da China, o que seria prejudicial para o Mercosul, e, por isso, outras lideranças do continente, como o próprio Lula e também o presidente da Argentina, Alberto Fernández, tentam articular que o acordo seja feito com todo o bloco, não somente com um único país.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro