Leandro Grass tomou posse como presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta terça-feira (31/1), com um discurso voltado para a preservação de meios materiais e imateriais do país, ressaltando os ataques de 8 de janeiro. Entre promessas, está a criação do Memorial da Democracia, em conjunto com o Ministério da Cultura, em Brasília.
Segundo ele, o memorial será um espaço físico, mas interligado a ações educativas e culturais de todo o país, necessárias principalmente após a tentativa de golpe de Estado. A proposta será coordenada em conjunto com o Ministério da Cultura, que deseja um programa amplo de defesa da democracia, com diferentes memoriais, comunicação sobre o valor do patrimônio e episódios históricos brasileiros relacionados ao tema.
“O patrimônio cultural brasileiro permaneceu de pé. A democracia permaneceu de pé. Vimos a desconexão de uma pequena parcela da sociedade em relação a algo que é seu.”
Grass também aproveitou a cerimônia para assinar uma portaria que acaba com o grupo de trabalho para preservação das armas de fogo, instituído no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, armas de fogo “não representam nada” para a cultura brasileira. Leandro foi aplaudido quando citou o presidente da República. “Quero manifestar gratidão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele que representa o triunfo da democracia sobre a barbárie”, disse.
O novo presidente ainda anunciou os trabalhos que considerou primordiais para o início do mandato e deve pôr em prática em breve.
“Estamos retomando o diálogo e criaremos o comitê interdepartamental para preservação do patrimônio cultural de matriz africana. Retomaremos um importante programa que foi esquecido, o edital do programa nacional do patrimônio imaterial. O lançamento será ainda no primeiro semestre deste ano.”