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Janaina Paschoal defende Holiday, mas afirma que ‘tem um monte de deputado eleito que é culpado pelo 8 de janeiro’

Nesta sexta-feira, 17, o programa Morning Show recebeu a advogada Janaina Paschoal, que falou sobre a influência de parlamentares nos atos do dia 8 de janeiro. “Tem que tomar cuidado com o que é participação, o que é um comportamento omissivo e talvez até interessado. Muitos eleitos deputados federais se aproveitaram desses movimentos e estimularam desonestamente. Não tiveram coragem de dizer para aquelas pessoas que o que elas pediam era impossível juridicamente. Eu tive [coragem] e quase apanhei dentro da Assembleia. Eu falava para as pessoas: ‘Gente, voltem para as suas casas’. Nenhum deles falou. Surfaram, estão eleitos”, disse a ex-deputada estadual por São Paulo. “Muitos agora estão fazendo o discurso ‘Nossa, de onde surgiram essas pessoas?’. Tem um ser humano que ficou fazendo teatro nesse documentário do Brasil Paralelo, mas eu falei para esse ser humano me ajudar. Para ficar do lado do presidente no palanque com aqueles discursos ridículos que fizeram essas pessoas acreditarem que as Forças Armadas poderiam fazer alguma coisa… Não estou falando do Holiday, mas, do ponto de vista moral, tem um monte de deputado eleito que tem culpa, sim. Não vejo responsabilidade criminal na omissão do alerta”, acrescentou.

Janaina citou o vereador Fernando Holiday porque é investigada a participação dele na invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes. Paschoal associou essa decisão do Supremo Tribunal Federal — atendendo a um pedido feito pela Bancada Feminista da Câmara Municipal de São Paulo — como uma medida de retaliação por parte do PSOL. “Qualquer um chega lá, faz uma petição e a pessoa passa a ser investigada? Como é que é isso aí? O vereador, na véspera, fez uma denúncia séria dentro da Câmara de Vereadores de suposto nepotismo na bancada do PSOL. Isso tem que ser dito. Subiu na tribuna e denunciou que um deputado do PSOL na Câmara contratou a filha de outra parlamentar”, argumentou. “Tem que mostrar o que foi que ele fez, senão todo mundo pode ser investigado a todo o momento. Não pode ser um achismo. Eu não posso cismar que o deputado participou. A briga política é uma coisa, direito penal é coisa séria. Nós podemos estar diante de uma imputação falsa de crime, uma acusação caluniosa”, refletiu.

Confira na íntegra a entrevista com Janaina Paschoal:

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