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Kanu, do Jacuipense, diz que título do Baiano teria ‘sabor de Champions’

O Jacuipense está em sua segunda final seguida do Campeonato Baiano. Ano passado, chegou perto de conquistar o título, depois de empatar em 1×1 com o Atlético de Alagoinhas na partida de ida, no Carneirão. Mas o Leão do Sisal não fez o dever de casa, foi derrotado por 2×0 na volta e ficou com o vice. Agora, há uma nova chance. Dessa vez, precisa superar o Bahia.

Assim como em 2022, as duas equipes ficaram no 1×1 no primeiro encontro. Com isso, o vencedor será definido neste domingo (2), às 16h, na Arena Fonte Nova. O Bahia tenta sua 50ª taça, enquanto o Jacuipense sonha com o inédito título. Para o zagueiro Kanu, do Leão do Sisal, seria como faturar uma “Liga dos Campeões”.

“Um título é sempre importante. Muitos atletas ainda não conseguiram ter esse título – e podem ter essa oportunidade. Para mim, esse título tem um sabor de Champions League. O importante é conseguir nosso objetivo”, afirmou, em entrevista coletiva.

Kanu sabe bem o que é enfrentar o Bahia. O jogador já esteve em campo contra o tricolor diversas vezes, principalmente quando defendeu o Vitória. Foram duas passagens pelo rubro-negro: em 2015 e, depois, entre 2016 e 2018. O zagueiro falou sobre o rival, e disse que procura passar tranquilidade aos jogadores mais jovens do time.

“Foram vários jogos contra esse clube, e sempre foram partidas muito difíceis, equipe muito competitiva. E se trata de jogar na Fonte Nova, um campo em que eles estão acostumados a jogar, criam muitas dificuldades. Mas a gente, com nossa experiência, procura passar tranquilidade para a garotada. Sabemos que é uma final – e tem muitos atletas que ainda não tiveram essa oportunidade de jogar uma decisão, estão tendo agora. Eu passo tranquilidade para eles. Que possamos fazer um bom jogo e sair com o título, que é o esperado para nós”, afirmou.

Como a partida de ida acabou em 1×1, quem vencer na Fonte Nova conquista o título do Baianão. Caso haja um novo empate, a decisão será nos pênaltis. Kanu falou das dificuldades em enfrentar o Bahia na casa do adversário, mas se mostrou confiante no potencial do time treinado por Jonilson Veloso.

“É sempre difícil jogar contra o Bahia na Fonte Nova. É uma equipe muito insinuante, muito bem treinada. Sempre foi forte dentro de casa. O que precisamos fazer é o mesmo que a gente vem trabalhando. Temos uma semana muito dura para trabalhar e ajustar o que a gente fez de bom no jogo passado. Acredito que Jonilson tenha a lógica dele, a narrativa, para a gente chegar no domingo e fazer nosso papel. Trabalhar com o mesmo foco para sair de lá com um bom resultado”.

Kanu ressaltou o investimento feito no Esquadrão após a chegada do Grupo City, e disse ver o rival como favorito ao título. Ao mesmo tempo, lembrou que, mesmo com a grande diferença financeira entre as equipes, estão na mesma final – e qualquer um pode levar o troféu.

“O Bahia sempre foi o favorito. Sabemos da grandeza do clube, do investimento que foi feito. Nada comparável ao Jacuipense – mas estamos na final. Eu sempre costumo falar que futebol não tem matemática exata. A final é um campeonato à parte, diferente. A responsabilidade do Bahia é ganhar. Mas o Jacuipense está aqui com muita humildade, trabalho. Estamos nos preparando para o jogo de domingo para fazer uma boa partida”.

Veja outros trechos da entrevista de Kanu:

União do grupo
Nosso grupo sempre foi forte. Sempre falo com eles [jogadores] que não sabem a força que a gente tem. Aqui é uma família, todo mundo se sente em casa. É verdade que Jean teve alguns momentos não muito bons durante o campeonato, mas é normal. Todo mundo erra, todo mundo acerta, estamos aqui para apoiar. É um cara do bem. Que fez uma boa partida no domingo, que está nos ajudando. Ninguém aqui é perfeito. Nosso ponto forte é nossa união. A coragem, a humildade, o respeito, a transparência, é isso que nos fez chegar até aqui.

Retorno aos gramados
Fiquei um ano parado, com muita saudade de voltar a jogar. O fator fundamental para isso foi o meu filho, que nasceu. Era o único filho que não tinha entrado em campo, que não tinha visto o pai dele jogar. Mesmo sendo pequeno, mas tem aquela foto, aquele vídeo, que ficará para a vida toda. Estou muito feliz, e espero conquistar nossos objetivos.

Sabor especial?
Eu sempre joguei contra o Bahia, mas, para mim, não tem esse sabor [especial]. Sou um atleta profissional, todos os jogos são importantes. Claro que é uma final, muito importante para mim, para o clube, para a cidade. É como se fosse um jogo normal [enfrentar o Bahia].

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