Os dados da Operação Escola Segura são atualizados simultaneamente. O Centro de Monitoramento, montado na sede da PRF, em Brasília, acompanha tudo em tempo real. As operações foram possíveis, em geral, por conta do monitoramento de redes sociais. Esse serviço resultou na derrubada de conteúdos para investigação de 812 perfis nas redes sociais identificados com ameaças a escolas. No balanço apresentado pelo ministério da Justiça nesta quinta-feira, o ministro Flávio Dino disse que a operação vai continuar no nível máximo. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública coordena as ações que se passam em razão de ameaças nas redes sociais, ameaças físicas, fazemos as investigações e as diligências. O aparato de segurança de cada escola será e é gerenciado pela secretaria de Educação de cada Estado ou de cada município e pelas escolas privadas. Nós não faremos nenhuma ingerência quanto a isso. Ou seja, a decisão se haverá segurança armada, segurança desarmada em cada escola é uma decisão de cada gestor escolar”, disse.
A operação envolve mais de 4.250 agentes federais e das forças estaduais. O monitoramento nas redes já fez com que a polícia realizasse 270 buscas de apreensões e colheu desde armas a materiais de inspiração neonazistas. O ministro Dino também mencionou que há decisões judiciais relacionadas às plataformas digitais. Com exceção do Telegram, todas as plataformas teriam respondido à notificação do Ministério da Justiça sobre o monitoramento de ameaças relacionadas a escolas. Caso não haja uma resposta, a plataforma poderá até ter as atividades suspensas no território nacional. “Este que não respondeu está sujeito à continuidade do processo administrativo, que, de acordo com a lei, poderá leva à aplicação de sanções. Não podemos afirmar o desfecho do processo, mas ele seguirá”, pontuou. Acompanhado de Dino, o diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Andrei Augusto, visitou o centro de monitoramento e agradeceu o empenho dos agentes. De acordo com dados da central, mais de 2.500 boletins já foram lavrados desde o dia 5 de abril.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro