Nesta segunda-feira, 24, o programa Pânico recebeu o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes. Em entrevista, ele comparou as ações do MST com a invasão do Congresso Nacional no dia 8 de Janeiro. “O MST é o seguinte: não dá para tolerar. Nenhum tipo de crime deveria ser tolerado nesse país. A propriedade é algo sagrado. Porque invadir o Supremo, invadir o Congresso, invadir o Planalto é crime. Invadir o lar das pessoas no campo tem que ter o mesmo tratamento”, pontuou. “Estamos usando o que é lei. Tolerância zero, zero mesmo. O MST ou quem quer que seja, invadiu propriedade, vai tomar repressão da polícia. O Estado vai proteger a população que trabalha. O mundo mudou, o Brasil mudou e o cara quer fazer uma reforma aos moldes de 60 anos atrás. De todos os exemplos que temos de reforma agrária, quais são os bem sucedidos? Muito pouco, é um modelo fracassado, outra realidade. Vão fazer disso uma luta ideológica, uma luta de classes que é bom para alguns, mas não é bom para o país”, analisou.
Segundo Mendes, o Estado do Mato Grosso se compromete em combater o desmatamento. O governador ressaltou a importância de preservar biomas brasileiros para além da Amazônia. “Há alguns anos, quando se falava nessas teorias de aquecimento global, parecia aquelas teorias malucas que alguns cientistas inventavam. Hoje, grande parte da comunidade científica e qualquer cidadão ao redor do mundo começa a perceber que é verdade. Nós precisamos fazer alguma coisa”, disse. “Não é só preservar a Amazônia. Tem que cuidar dos rios, das florestas tropicais, da nossa Mata Atlântica. Nós sempre somos alvos de críticas de algumas ONGs ambientalistas. Eu e grande parte dos produtores de Mato Grosso defendemos que temos que acabar com o desmatamento ilegal. A lei brasileira é uma das mais restritivas do mundo. Defendo uma tese um pouco ousada, que é aplicar para o desmatamento ilegal o confisco, a expropriação”, acrescentou.