A Polícia Federal apreendeu, nesta sexta-feira (12), o celular de Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Jair Bolsonaro (PL). Ação é parte do inquérito que apura o caso das joias sauditas que entrou no Brasil sem declaração.
Em depoimento no mês de abril, Vieira afirmou que havia participado de um telefonema sobre um ofício feito pelo tenente-coronel Mauro Cid para tentar resgatar as joias sauditas apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.
Ao depor, tinha prometido entregar o celular para a perícia e só não deixou o aparelho no dia porque “estava atrasado” e iria “pegar um voo”. A PF aceitou. A entrega do aparelho, no entanto, não foi feita posteriormente.
O pedido da PF para apreensão do celular foi atendido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
Vieira relatou à PF que, em outubro de 2021, recebeu um contato do Ministério das Minas e Energia informando que o ex-titular Bento Albuquerque havia recebido um presente de autoridade estrangeira para “ser entregue ao presidente da República”.
Albuquerque liderou a comitiva do governo brasileiro que, naquele ano, foi à Arábia Saudita e voltou com presentes de autoridades locais. Parte deles, o conjunto de joias de R$ 16 milhões foi descoberto pelos funcionários da Alfândega do Aeroporto de Guarulhos.